Resistência

Os Estados Unidos utilizaram seu poder de veto nesta segunda-feira (18) para barrar a resolução que se opunha ao reconhecimento, pelo país, de Jerusalém como capital de Israel no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). 

Todos os outros 14 membros do Conselho de Segurança apoiaram a resolução apresentada pelo Egito, que participa do órgão como membro rotativo, mas a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, utilizou o poder de veto detido por Washington. 

Em 6 de dezembro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quebrou uma tradição diplomática e decidiu declarar Jerusalém como capital de Israel e ordenar a transferência da embaixada dos EUA para a cidade. 

A resolução da ONU estabelecia, entre outras coisas, que os países deveriam interromper o estabelecimento de missões diplomáticas em Jerusalém, o que atingiria diretamente a determinação de Trump.  

Haley disse que os Estados Unidos geralmente não usam seu poder de veto, mas foram “forçados” a fazê-lo. A embaixadora dos EUA na ONU afirmou que nenhum país determinará onde Washington irá implantar sua embaixada. 

Ela também disse que os Estados Unidos continuam empenhados em encontrar uma solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina, o que não convence mais de 50 países muçulmanos, incluindo aliados dos EUA, que em encontro no último dia 13/12 aprovaram uma proclamação em que afirmam que a decisão de Trump inviabiliza qualquer pretensão de Washington a ser um mediador da paz no Oriente Médio. 

O porta-voz do presidente da Palestina, Mahmud Abbas, afirmou que o veto é “inaceitável e ameaça a estabilidade da comunidade internacional porque não a respeita”. 

Da Redação do Resistência com Sputnik