Geopolítica

A Venezuela e o Movimento de Países Não Alinhados (Mnoal) expressam seu apoio absoluto à causa Palestina 

14/12/2017
Foto: @CancilleriaVE

O presidente da República, Nicolás Maduro, confirmou nesta quarta-feira (13) que a Venezuela e os 120 membros do Movimento dos Países Não Alinhados (Mnoal) prestam todo o apoio solidário e absoluto à causa Palestina e rejeitam veementemente as últimas interferências do governo de Estados Unidos e seu presidente Donald Trump, para reconhecer ilegalmente Jerusalém, capital da Palestina, como suposta capital do regime sionista de Israel.  

“A Venezuela traz a Istambul a voz de solidariedade e apoio absoluto à causa da Palestina e a rejeição da declaração do governo de Donald Trump sobre a questão de Jerusalém”, afirmou o Chefe de Estado venezuelano durante seu discurso na Cúpula Extraordinária da Organização da Cooperação Islâmica (OCI), que aborda a decisão preocupante, unilateral e arbitrária dos Estados Unidos (EUA) de mudar sua embaixada de Tel-Aviv para Jerusalém

O presidente Maduro expressou a preocupação dos 120 Estados-membros do Mnoal por mais uma arbitrariedade cometida pelo regime dos EUA contra o povo palestino e a cidade sagrada de Jerusalém, e enfatizou que tal decisão extremista não tem validade legal, viola o direito internacional e, portanto, deve ser retratada.

Ressaltou que, no contexto desta situação que ameaça a paz, os Estados-membros do Mnoal reafirmam o seu apoio e solidariedade ao povo palestino e seu compromisso de contribuir para a obtenção de uma solução justa, abrangente e sustentável para o conflito, devido ao fato de que qualquer ação provocativa e unilateral em Jerusalém poderia desestabilizar seriamente a frágil situação local que traria consequências perigosas.

“O Mnoal reafirma o seu apoio histórico e a solidariedade à luta do povo palestino, contribui para uma solução justa, duradoura e pacífica em todos os seus aspectos, de acordo com o Direito Internacional, e continua a apoiar o heroico povo palestino em sua busca para alcançar as legítimas aspirações nacionais, incluindo o direito à autodeterminação, à liberdade e independência, com o Estado Palestino tendo Jerusalém como sua capital”, salientou Maduro. 

O presidente Maduro pediu a cessação das violações e provocações do governo dos EUA e lembrou os princípios consagrados na Carta das Nações Unidas, incluindo a proibição de aquisição de territórios por meio da força, bem como outras disposições aplicáveis do Direito Internacional, particularmente a Quarta Convenção de Genebra. 

Maduro apelou para que sejam respeitadas as resoluções 476 e 478 do ano de 1980, do Conselho de Segurança, por meio das quais este conselho confirmou que todos os atos e medidas legislativas e administrativas tomadas por Israel, como força de ocupação, não possuem validade legal e devem ser imediatamente rescindidos.

“Reiteramos a importância de promover esforços internacionais em busca de uma solução dialogada, pacífica, justa e duradoura para a questão palestina”, expressou.

“Em nome do Mnoal, felicito a Organização da Comunidade Islâmica, a Liga Árabe e firmamos o nosso compromisso, no marco do sistema das Nações Unidas, para imediatamente envidar todos os esforços para que essa questão seja abordada e prontamente corrigida”, ressaltou.

Fonte: Agência Venezuelana de Notícias (AVN), tradução de Maria Helena De Eugênio para o Resistência

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