Solidariedade

Brasileiros realizam 23ª Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba

24/06/2017

De 15 a 17 de junho último, cerca de 500 pessoas participaram da 13ª Convenção de Solidariedade a Cuba, em Belo Horizonte (MG). Em mesas de debate e plenárias, os participantes receberam informações atualizadas sobre o empenho do povo cubano para manter as conquistas da Revolução, aperfeiçoar o sistema socialista e lutar contra o bloqueio imposto pelo imperialismo estadunidense. Ao final, aprovaram uma Declaração. Leia a íntegra.

Convocados pela Associação Cultural José Martí de Minas Gerais (ACJM_MG) e pelo Movimento Brasileiro de Solidariedade a Cuba, amigas e amigos da ilha sempre rebelde, representantes de dezenas de estados da Federação,  organizações políticas, sociais, juvenis, religiosas, sindicais e estudantis estivemos presentes à “23ª Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba”, ocorrida de 15 a 17 de junho de 2017, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais.

fidel-castro-2-580x363

Neste grande evento prestamos nossas homenagens ao legado imortal do líder histórico da Revolução Cubana, Comandante em Chefe Fidel Castro Ruz, e ao Guerrilheiro Heroico Ernesto “Che” Guevara no 50º aniversário de seu assassinato. Também celebramos os 100 anos da Revolução Socialista de Outubro, reconhecendo que somente o socialismo terminará com a exploração imposta pelo neoliberalismo selvagem.

Che guevara

Num contexto em que a contraofensiva imperialista, a burguesia nacional e a grande imprensa pretendem calar nossas vozes; nesta hora de luta do povo brasileiro pela volta da democracia e por nenhum direito a menos; neste momento decisivo para a América Latina em luta por sua definitiva independência e soberania, o Movimento Brasileiro de Solidariedade a Cuba reafirma suas bandeiras de permanente compromisso e amizade  com a  Revolução Cubana.

Acrescentaremos o trabalho solidário conforme a realidade apresentada depois de conhecer a desastrosa decisão do presidente dos Estados Unidos de romper os acordos assinados há dois anos entre Obama e Cuba. Uma vez mais os EUA se colocam em uma posição isolada, ignorando a comunidade internacional na tentativa frustrada de derrotar a Revolução Cubana. Agora, com mais empenho, reafirmamos nossa posição de acompanhar e apoiar militantemente o povo cubano.

As brasileiras e os brasileiros reunidos nesta histórica data, declaramos:

1 – Ratificar nossa confiança no processo de atualização do modelo econômico, político e social cubano que conduzirá ao fortalecimento de seu sistema socialista.

2 – Apoiar incondicionalmente o povo cubano, convencidos de que as novas gerações de cubanos não renunciarão aos princípios éticos e valores legados pela geração histórica, relacionados com os povos de Nossa América e do mundo.

3 – Rechaçar as declarações e medidas anunciadas pelo atual presidente estadunidense, hostilizando, mais uma vez, a população cubana, no rompimento, de forma unilateral, dos acordos assinados com o governo anterior.

4 – Exigir o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos Estados Unidos, em respeito à resistência do povo cubano e da Comunidade Internacional que, no ano passado, ratificou sua posição ao lado da Revolução Cubana em votação histórica de 191 votos a favor e duas abstenções: o próprio Estados Unidos e Israel. E também como forma de atuar consequentemente em razão do reconhecimento do próprio governo de seu país da falência desta política criminosa e genocida.

5 – Exigir o fim da ocupação ilegal estadunidense da Base Naval em Guantánamo e devolver imediatamente este território usurpado por mais de um século a seus legítimos donos, o governo e o povo de Cuba.

6 – Exigir o fim das transmissões ilegais das mal denominadas “Radio e Televisão Martí, violadoras das normas da União Internacional de Telecomunicações.

7 – Denunciar por todos os meios de imprensa tradicionais e meios alternativos ao nosso alcance, assim como através das redes sociais, os programas de subversão e desestabilização que contra a Ilha tramam a CIA, a USAID, a NED e outras organizações estadunidenses em complô com grupos contrarrevolucionários de Miami.

8. Acompanhar o trabalho de mais de 10.000 cubanas e cubanos, profissionais da saúde que hoje prestam colaboração em nosso país como parte do programa “Mais Médicos”.

9 – Denunciar a ingerência do governo estadunidense na República Bolivariana da Venezuela, condenando o financiamento e o apoio logístico à burguesia na tentativa de derrubada do governo democraticamente eleito do presidente Maduro.

Belo Horizonte, Minas Gerais, 17 de junho de 2017

Compartilhe: