China

Chanceler chinês faz retrospetiva da diplomacia chinesa em 2016

24/12/2016

Nas vésperas do ano novo, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, fez uma retrospectiva da diplomacia do país em 2016 e revelou as perspectivas para o próximo ano, em uma entrevista exclusiva ao Diário do Povo.

Segundo Wang, por entre agitações e mudanças, termos que definem a situação internacional de 2016, a China salvaguardou os interesses nacionais e consolidou os seus passos nas complexidades mundiais e na governança global, aproximando-se do centro do cenário mundial e se tornando um estabilizador dos tumultos.

A China apresentou o seu próprio plano sobre a governança global e promoveu um sistema político e econômico internacional mais justo e sensato, afirmou o ministro.

Em setembro, o presidente Xi Jinping presidiu com sucesso a cúpula do G20, na cidade de Hangzhou, impulsionando a transformação do mecanismo de governança, a fim de responder às crises contemporâneas. Na cúpula, os países participantes registraram ainda uma série de resultados frutíferos.

Na cúpula do Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, sigla em inglês), realizada em novembro em Lima, no Chile, o presidente Xi expressou a voz chinesa na oposição ao protecionismo, promovendo a globalização econômica em busca de benefícios e inclusão.

Além disso, o líder apresentou o plano chinês sobre o estabelecimento da zona de livre comércio Ásia-Pacífico.
“As relações políticas entre a China e outros países se tornaram mais sólidas, com o aprofundamento da cooperação pragmática e a ampliação do ‘circuito dos amigos’ da China”, afirmou Wang Yi.

No decorrer do último ano, as relações entre o país e outras potências também obtiveram avanços. Os presidentes Xi e Obama realizaram uma “longa conversa no Lago Oeste”, durante a cúpula do G20 em Hangzhou, trocando opiniões sobre questões estratégicas a fim de aumentar a confiança mútua.

Após as eleições gerais dos EUA, Xi Jinping telefonou para o presidente eleito Donald Trump, tendo ambos manifestado vontade de melhorar as relações bilaterais.

Naturalmente, os laços sino-americanos podem encarar novas complexidades e incertezas no futuro. Os dois países só realizarão cooperações estáveis e duradouras com o respeito mútuo e cuidados com os interesses essenciais, “essa é uma tendência histórica e a direção correta da cooperação sino-norte-americana”, apontou Wang.

Os chefes de Estado da China e da Rússia realizaram cinco encontros neste ano, promovendo a um novo patamar a parceria estratégica de coordenação integral.

Quanto às relações com os países vizinhos, o presidente filipino Rodrigo Duterte, contrariamente à atitude hostil do seu antecessor, escolheu a China como o seu primeiro destino de visita fora da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático, sigla em inglês).

O aprimoramento dos laços sino-filipinos dissipou a nuvem que cobriu os dois países durante longos anos, eliminando os obstáculos a fim de aprofundar a cooperação entre a China e a Asean.

“Salvaguardar a soberania nacional, a segurança e o desenvolvimento é a missão da diplomacia”, expressou o chanceler, acrescentando que a China realizou um contra-ataque no caso da arbitragem sobre o Mar do Sul da China iniciado pelo ex-governo das Filipinas, tendo promovido uma resolução pacífica da questão, através do diálogo entre os países envolvidos.

A China avançou ainda na criação e construção dos projetos da inciativa “Um Cinturão e Uma Rota” com países relevantes, assinalou.

No que diz respeito aos trabalhos do ano vindouro, Wang Yi relembrou que a diplomacia chinesa tem quatro tarefas principais: criar um bom ambiente externo para garantir a realização do 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China; organizar a cúpula de cooperação sobre a iniciativa “Um Cinturão e Uma Rota” e a 9ª cúpula do Brics; continuar a promover o melhoramento das relações com os Estados Unidos e reforçar as relações com outros países; e proteger os interesses dos cidadãos e instituições da China nos países estrangeiros.

Wang Yi concluiu que a diplomacia chinesa irá contribuir para a realização do Sonho Chinês em relação à revitalização nacional.

Fonte: Diário do Povo on line, em português

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