América Latina

Colombianos marcham por uma paz completa

18/03/2016

Em conjunto com palavras de ordem de base sócio-econômica, milhares de colombianos marcharam hoje para pedir o fim de uma longa guerra interna, mediante o diálogo entre o Governo e a insurgência.

“Por uma paz completa!”, foi um dos motes dos manifestantes, que percorreram as principais cidades do país para apoiar as conversações com as insurgentes Forças Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) e exigir o início das tratativas com o Exército de Liberação Nacional (ELN).

Ao longo da Sétima Avenida, uma das mais importantes de Bogotá, representantes de várias associações, incluindo artistas, clamavam pelo fim do conflito, que dura mais de meio século.

Enquanto isso, na  Rua 26, vários parlamentares e defensores dos direitos humanos ofereceram cravos brancos aos membros do Esquadrão Móvel Contra Distúrbios, que encontravam-se em prontidão em ambos os lados da via.

As flores são uma mensagem em favor da paz e da reconciliação entre todos os colombianos, disse o senador Ivan Cepeda, que estava acompanhado pela ex-congressista Piedad Córdoba.

Segundo o programa, a caminhada seria finalizada na emblemática Plaza Bolívar,  em frente ao Congresso da República.

Canais da TV nacional, transmitiram em cadeia parte das marchas em Bucaramanga (Santander), Popayán (Cauca), Medellín (Antioquia), Cali (Valle del Cauca), Cartagena (Bolívar), Villavicencio (Meta), entre outras capitais departamentais.

Em alguns lugares, as manifestações continuaram tarde adentro, clamando também por uma revisão nos Tratados de Livre Comércio (TLC) assinados com vários países, aumentos de salários, cortes em tarifas e pedágios de eletricidade, além da baixa no preço do combustível.

Os camponeses demandaram a diminuição da importação de leite e outros produtos da cesta básica, com a finalidade de fomentar e  favorecer a soberania alimentar.

Estudantes, professores, trabalhadores da saúde, reivindicaram  benefícios para os pensionistas, melhoria do ensino e dos serviços médicos, entre outras solicitações.

Empregados do setor elétrico rechaçaram a privatização dos serviços da geradora Isagén, segunda em importância no país,  para uma empresa canadense, em um momento em que a Colômbia atravessa uma crise energética que pode resultar em cortes de energia ou apagões.

Várias empresas foram privatizadas, porém essa receita não foi investida nas restantes, simplesmente desapareceu, denunciaram os dirigentes sindicais.

“Fora multinacionais!!” foi outro lema da mobilização.

Uma greve nacional de 24 horas foi convocada por três entidades, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), a Confederação de Trabalhadores da Colômbia (CTC) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). De forma geral, as marchas transcorreram em clima de tranquilidade, com exceção de Popayán (Cauca), onde várias bombas caseiras foram lançadas, informou a RCN Notícias.

Fonte: Prensa Latina

Tradução: Maria Helena D’Eugênio, para o Resistência

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