Colômbia

Colombianos saem às ruas para defender a paz

06/10/2016

Os colombianos que votaram pelo Sim no plebiscito para referendar os acordos de paz se mobilizam para defender o processo que busca acabar com o conflito de mais de 50 anos. Com marchas e concentrações em várias regiões do país, os colombianos defenderam os acordos de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP).

Nas cidades de Bogotá, Barranquilla, Cali, Cartagena, Quibdó, Bucaramanga, Santa Marta, Manizales e Medellín, realizam-se atos e caminhadas que promovem a paz pelo fim do conflito que deixou 220 mil mortos e milhões de deslocados.

Em um encontro entre o presidente Juan Manuel Santos e o senador direitista Álvaro Uribe na Casa de Nariño (palácio presidencial) em Bogotá, realizado nesta quarta-feira (5), manifestantes também demonstraram seu apoio à opção do Sim.

Um dos participantes da manifestação declarou, em uma reportagem realizada pelo correspondente da TeleSur na Colômbia, Milton Henao, que a reunião entre ambos os políticos deve buscar “as vias para alcançar uma paz plena deixando de lado os interesses das grandes elites”.

“Queremos um país unido, estamos cansados da guerra, a vida dos colombianos deve ter paz e para isto se necessita da restauração social de diversos grupos que foram afetados pelo conflito”, indicou o manifestante.

Líderes estudantil de pelo menos 15 instituições de educação superior de Bogotá, públicas e privadas, em uma iniciativa denominada Marcha Universitária pela paz, pedem que se realize um acordo “sem importar a idelologia política dos participantes”.

“Queremos demonstrar que a paz não é questão de um partido nem de um personagem, a paz é da Colômbia. Nossa intenção não é polarizar mais, é fazer um chamado de atenção aos políticos, aos que ocupam os altos postos que têm uma dívida histórica com a Colômbia”, assegurou Paula Salinas, estudante da Universidade dos Andes, organizadora do evento.

Salinas disse que “no domingo se votou Não, mas agora olhamos para a frente; queremos que os do Não e os do Sim dialoguem e negociem a paz de imediato; que isto não se adie por questões políticas”.

Cubadebate

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