Constituinte na Venezuela

Começa na Venezuela campanha para eleger Assembleia Nacional Constituinte

10/07/2017

Promover o diálogo com a participação de todos os setores para construir uma paz sólida e um compromisso patriótico é a mensagem com que começa a campanha eleitoral para a Assembleia Nacional Constituinte (ANC) que será eleita em 30 de julho.

“Seguimos o caminho com amor! Com amor e passo firme vamos rumo à Constituinte, com a esperança de construir uma paz sólida entre todos para que o futuro da Venezuela seja brilhante e glorioso”, disse o chefe de Estado, Nicolás Maduro, através de sua conta no Facebook.

Em 1º dse maio último, Maduro convocou o Poder originário, com base no estabelecido na Constituição, para deter as pretensões da direita de impor a violência como estratégia política, resguardar a democracia e defender a soberania.

Cumprindo o cronograma anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral, começou no último domingo, 9 de julho, a campanha eleitoral para que os candidatos divulguem suas propostas às comunidades do país.

Entre as propostas apresentadas pelos candidatos está a constitucionalização dos direitos e políticas sociais que protegem a população historicamente excluída e fortalecer a Constituição de 1999 promovida pelo líder da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez.

Outras das tarefas primordiais da ANC é a criação de um sistema de justiça que repare as vítimas da escalada de violência gerada pela direita violenta nos últimos 100 dias.

Campanha constituinte 2

Compromisso com a justiça e a paz

“Estamos aqui neste momento, que é o início da campanha Constituinte, assumindo o compromisso com o povo, a Revolução, com o legado de Chávez, o presidente Nicolás Maduro e o compromisso com a paz”, manifestou a candidata Cília Flores, no ato de abertura da campanha realizado na esquina de São Francisco, em Caracas.

Na atividade, a também candidata Delcy Rodríguez, assinalou que com esta eleição o  povo marcará um novo futuro para o país, “a possibilidade de que o povo siga desprendendo seus poderes criativos e de trabalho”, enfatizou.

A candidata Iris Varela, por sua parte, assinalou que diante do terrorismo e da violência que atenta contra a estabilidade democrática é indispensável a transformação do sistema de justiça que permita frear a impunidade.

“Para alcançar a estabilidade do país, deve haver justiça. Diante de todo o prejuízo que os grupos violentos promovidos pela ultradireita causaram, nossa propopsta é impor a justiça e fechar as portas ao fascismo e a traição”, ressaltou.

Em Maturín, o candidato Diosdado Cabello, indicou que a ANC deve discutir a inabilitação daqueles dirigentes oposicionistas que convocaram a violência. “Deve ser o instrumento para alcançar a paz e fazer justiça”, disse.

Cabello instou os candidatos a converter-se em porta-vozes do povo e escutar as propostas dos cidadãos.

O protagonismo popular foi outro dos traços desta eleição ressaltado pelo candidato Gilberto Pinto Blanco, desde o estado de Sucre. “Em 30 de julho estarão visíveis os rostos das pessoas com deficiência, os aposentados e pensionistas, os educadores, as mulheres, os estudantes e todos os patriotas que querem a paz da Venezuela”.

Um passo dentro da Constituição e das leis

“Faremos o que temos de fazer para conservar a paz, sobre a base da Constituição e das leis vigentes”, sublinhou o candidato Adán Chávez na cidade de Tavacare, em Barinas.

Por sua parte, desde o estado de Lara, a candidata Carmen Melendez, assinalou que a convocação do plebiscito feita pela oposição para o dia 16 de julho está fora do que prevê a Constituição e busca promover mais violência.

Diante dos intentos da direita para destruir o processo de encontro nacional, “cada voto será uma confirmação da batalha pela paz”, disse Jorge Rodríguez no estado de Vargas.

Enquanto isso, em Aragua, Elías Jaua instou os cidadãos a se mobilizarem nas ruas para aprofundar a democracia. “O povo poderá desanuviar o horizonte da pátria para o aprofundamento da revolução”, disse.

A campanha durará 19 dias, até 27 de julho, três dias antes da eleição, no dia 30 de julho, dos 545 membros da Assembleia Nacional Constituinte, de um total de 6.120 candidatos.

Resistência, com Agência Venezuelana de Notícias

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