América Latina

Comunicadores da Alba defendem unidade para derrotar terrorismo midiático

29/02/2016

Através de um comunicado, as mais de 80 organizações sociais que participaram no Encontro Continental de Comunicação Popular da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba Movimentos) manifestaram o compromisso de conduzir uma comunicação articulada para criar matrizes de opinião que se contraponham ao terrorismo midiático promovido pelas grandes transnacionais da informação.

Nesse sentido, ressaltaram a importância de fomentar a unidade, a participação popular e a solidariedade para garantir a visibilidade das maiorias trabalhadoras e reafirmaram sua proposta de impulsionar uma comunicação contra-hegemônica, comprometida com o desenvolvimento e a integração regional.

O documento do encontro relembra um pronunciamento do comandante Hugo Chávez:  “Hoje temos Pátria! E aconteça o que acontecer, em qualquer circunstância, continuaremos tendo Pátria. Unidade! Unidade e mais Unidade! Não faltarão os que tratem de aproveitar conjunturas difíceis para manter esse empenho da restauração do capitalismo, do neoliberalismo para acabar com a Pátria. Diante desta circunstância de novas dificuldades sejam quais forem as suas dimensões, a resposta de todas e todos os patriotas é Unidade, Luta, Batalha e Vitória”.

Destaca que o encontro foi um fato transcendental e estratégico e que a iniciativa faz parte da agenda política da articulação da Alba Movimentos que é a expressão do compromisso dos povos de seguir levando adiante o legado do comandante Hugo Chávez Frías no caminho de uma nova geopolítica mundial que favoreça a construção de um modelo de sociedade alternativo à ordem hegemônica do capital.

O encontro, segundo a declaração aprovada, fez uma análise da conjuntura continental na qual os presentes refletiram sobre a ofensiva imperial que se inscreve em uma crise civilizatória do capitalismo, assentada em um aprofundamento das políticas extrativistas e que favorecem lógicas depredadoras.

Em face dessa ofensiva, afirma a nota, mantemo-nos firmes e dizemos que vamos adiante, que chegou a hora de reacender a chama que se avivou em nossas terras nas últimas décadas e que se traduziu nas mudanças políticas que estamos analisando com rigor militante.

Nesta conjuntura, desde o ponto de vista da comunicação, as grandes transnacionais da informação vêm impondo o terrorismo midiático, o discurso único e a construção do medo. Em face disto, devemos integrar-nos mais, fomentar a unidade do campo popular, formar-nos, multiplicar as capacidades, pensar e conduzir uma comunicação articulada para disputar espaços, discursos, gerar matrizes de opinião que enfrentem os embates da direita.

Temos que fomentar a mobilização popular para a luta continental, fundamentada no acumulado histórico desde nossos povos originários. É preciso superar este cenário a partir de um projeto ancorado na participação popular, na unidade, na integração, na solidariedade, na esperança e na construção desde abaixo e pela esquerda. É hora de apostar em uma alternativa que garanta a reprodução da vida das maiorias trabalhadoras do continente, que caminhe para um horizonte socialista.

Reafirmamos nossa aposta por uma comunicação contra-hegemônica, comprometida com as lutas populares e a integração de nossos povos. Refletimos, ademais, sobre a necessidade de pensar estratégias de comunicação que alcancem maior impacto e eficácia diante do cenário complexo que a região atravessa.

Em 2016, uma das maiores expressões dessa luta [é a que realizam o povo e o governo venezuelanos, ao lado do camarada presidente Nicolás Maduro Moros, a quem expressamos nossa mais clara e profunda solidariedade frente a esta fase de intensificação dos ataques da direita continental. Para os movimentos sociais e populares, a Revolução Bolivariana significa uma grande referência de democracia não só eleitoral, mas também participativa e de garantia dos direitos humanos e inclusão das maiorias. Parece-nos chave que se aprofundem e visibilizem os processos comunais e de autogoverno, que são a base fundamental da construção do socialismo bolivariano. Em 13 de abril deste ano, data da comemoração da vitória popular frente ao golpe de direita de 2002, lançaremos uma Campanha Continental de Solidariedade com a Revolução Bolivariana, com ações simultâneas em todos os nossos países.

O Encontro das comunicadoras e comunicadores da Alba Movimentos prestou também solidariedade aos povos argentino, cubano, boliviano, haitiano e colombiano.

Com informações da Agência Venezuelana de Notícias

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