Tensão na Ásia

Coreia Popular rechaça pressões e ameaças dos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul

26/04/2017
Desfile cívico militar; mobilização dissuassória

A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) acusou nesta terça-feira (25) os Estados Unidos de acentuar o ambiente internacional de pressão.

Washington inventou recentemente a nova política chamada de máxima pressão e intervenção, e trama intrigas para conquistar apoio interno e externo, indicó Pyongyang em um comunicado emitido através de seu Ministério das Relações Exteriores.

O texto questiona a reunión convocada pelo presidente estadunidense, Donald Trump, que terá a presença dos representantes dos países membros do  Conselho de Segurança das Nações Unidas para “debater o problema coreano”.

Por outro lado, diz o documento, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, planeja realizar uma reunião ministerial sobre a desnuclearização da RPDC.

De acordo com o governo da RPDC, isso significa um pedido aberto para que se faça pressão sobre o país, um ato perigoso similar a acender o fogo da guerra total sem ter em conta a atual situação de tensão na Península Coreana.

Essa política de isolamento e esmagamento e a ameaça nuclear por parte dos Estados Unidos contra a Coreia Popular, que perdura por mais de meio século, foi a causa que levou o país à posse de armas nucleares, diz o documento da Chancelaria.

Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão estão elevando a um ponto extremo as pressões sobre a RPDC, confirmou em Tóquio o representante especial sul-coreano, Kim Hong-kyun.

Em meio a um contexto de elevada tensão regional, Kim Hong-kyun, Joseph Yun, o enviado especial estadunidense, e Kenji Kanasugi, chefe de Assuntos Asiáticos da Chancelaria japonesa, mantiveram um encontro com o objetivo de planificar estratégias contra a RDPC.

Kim acrescentou que as medidas punitivas também serão analisadas caso Pyongyang leve a cabo novos ensaios nucleares.

Por sua parte, Kanasugi assinalou que as três nações concordaram em fortalecer seu poder de dissuasão.

Os Estados Unidos mantêm sua posição de que todas as opções, inclusive a militar, estão sobre a mesa a respeito da RPDC.

Um submarino nuclear norte-americano chegou ao porto meridional sul-coreano de Busan e, embora não esteja programada a sua participação em exercícios nem operações nucleares, isto envia uma mensagem muito sugnificativa para a República Poopular Democrática da Coreia.

Durante uma reunião nacional realizada na segunda-feira (24), Pyongyang voltou a advertir Washington de que poderia realizar ataques nucleares preventivos contra as forças estadunidenses.

Redação de Resistência, com Prensa Latina

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