Luta pela paz

CPPC: “Portugal não deve seguir a corrida da OTAN”

16/02/2018
O CPPC defende que o crescimento da economia deve servir para melhorar as condições de vida do povo português e não para o reforço da participação de Portugal na ação belicista da Otan / Foto: theissue.com

O Conselho Português para a Paz e Cooperação “rejeita qualquer aumento das despesas militares de Portugal no quadro da OTAN” e “reafirma o seu apego aos desígnios constitucionais de paz, desarmamento e dissolução dos blocos político-militares”.

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, defendeu na passada terça-feira que Portugal deve aproveitar o seu crescimento econômico para gastar mais em Defesa, lembrando que os países-membros da Aliança Atlântica se comprometeram a destinar 2% do produto interno bruto (PIB) a despesas militares.

Tais declarações configuram-se como «uma inaceitável pressão, contrária aos interesses do País», afirma o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) numa nota emitida esta quinta-feira, na qual também repudia as declarações proferidas pelo ministro da Defesa, Azeredo Lopes, em jeito de resposta a Stoltenberg, “garantindo que Portugal vai reforçar as suas despesas militares, como exige a OTAN, até ao limiar de 2% do PIB”, até 2024.

O “crescimento da economia deve servir para melhorar as condições de vida do povo português e desenvolver o País”, defende o CPPC, considerando que tal crescimento não deve “contribuir para o reforço da participação de Portugal na ação belicista e agressiva da OTAN ou no processo de militarização da União Europeia, complementar ao reforço desse bloco político-militar”.

Tendo presente que “um dos grandes desafios que a Humanidade enfrenta é o desanuviamento da tensão internacional”, a organização portuguesa sublinha ainda que “quaisquer gastos com as Forças Armadas nacionais devem ser decididos soberanamente pelas autoridades portuguesas”, tendo “sempre como prioridade a missão da defesa da soberania e independência nacionais, da integridade do território nacional”, lê-se na nota.

Fonte: AbrilAbril

 

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