América Central

Daniel Ortega toma posse na Nicarágua, defendendo a paz e a unidade de seu povo e da América Latina

11/01/2017

O presidente reeleito da Nicarágua, Daniel Ortega, e a vice-presidenta Rosário Murillo tomaram posse nesta terça-feira (10) para governar nos próximos cinco anos.

Ortega inicia outro mandato de cinco anos, depois de seu esmagador triunfo, pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) nas eleições de 6 de novembro último.

Nessas eleições, o candidato da FSLN obteve um amplo apoio popular, com 72,5 por cento dos votos.

O ato de posse contou com a presença dos presidentes Nicolás Maduro, da Venezuela; Evo Morales, da Bolívia; Salvador Sánchez Cerén, de El Salvador, e Juan Orlando Hernández, de Honduras.
Em sessão solene da Assembleia Nacional (parlamento) realizada na Praça da Revolução em Manágua, o presidente do Poder Legislativo, Gustavo Porras, empossou Ortega e Murillo, na presença desses chefes de Estado, autoridades, representantes de partidos políticos, movimentos e organismos internacionais.

“Perante a Pátria, ante nossos heróis e mártires, ante o povo e a família de nossa Nicarágua bendita e sempre livre, jura solenemente respeitar a Constituição e as leis”? – perguntou o presidente do parlamento.

“Sim, juro”, responderam o líder sandinista e sua vice, que reiteraram o compromisso de seguir trabalhando por um país livre, tranquilo e seguro que experimente mudanças no bem-estar de seus cidadãos com um projeto de governo socialista, cristão e solidário.

“Ratificamos o compromisso de seguir trabalhando em unidade com todas as forças econômicas, sociais e políticas de nosso país pelo bem-estar de nosso país, seguir fortalecendo esta grande aliança”, disse Ortega.

O líder sandinista recordou que o principal objetivo de seu governo é garantir a qualidade de vida do povo da Nicarágua através da unidade.

“Começamos a construir de novo a unidade da nação (…) para erradicar a pobreza, a fome, para melhorar as condições de vida da família nicaraguense”, afirmou.

Ortega agradeceu o compromisso demonstrado pelas forças sociais, camponeses, trabalhadores e setores empresariais pelo bem-estar do país.

“Conseguimos avançar e pouco a pouco fomos assentando as bases da confiança, pouco a pouco fortalecendo o compromisso de levantar a Nicarágua, reconstruir a Nicarágua em todos os campos com a unidade do povo, partindo das distintas forças que são determinantes para o desenvolvimento da economia”.

Segundo Ortega, essa cooperação é “o mais valioso que temos que seguir cuidando: uma política do Estado com o povo, de todas as instituições do Estado com o povo, o exército e a polícia com o povo para garantir a segurança dos nicaraguenses”.

Nesse processo de unidade, a Nicarágua tem enfrentado importantes desafios, entre eles a luta contra o narcotráfico, o crime organizado e o terrorismo que tem sido promovido a partir dos Estados Unidos, disse Ortega, que fez um chamado aos países da América Central para que trabalhem em comum a fim de enfrentar o comércio ilícito de drogas.

O presidente também mencionou a crise energética que a Nicarágua superou com o fortalecimento dos laços de cooperação com outros países irmãos, como a Venezuela.

Ortega expressou seu agradecimento aos comandantes Hugo Chávez e Fidel Castro que convidaram a Nicarágua a participar da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba). Através desse mecanismo, a nação centro-americana pôde construir usinas elétricas no menor tempo possível e aumentar a capacidade do sistema energético.

Nesse sentido, considerou necessário que o fortalecimento da integração entre nações irmãs da região continue, através de organismos como a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).

Ortega recordou que na cúpula da Celac realizada em Havana, Cuba, em 2014, os países membros decretaram que a América Latina e o Caribe constituem uma zona de paz, livre de armas atômicas. “As provas atômicas não são mais do que um obstáculo para o desenvolvimento e uma ameaça de destruição para o planeta”.

Perante os povos da América Latina, Ortega ratificou o compromisso da Nicarágua de proteger os mais necessitados e impulsionar políticas de atenção social para superar a fome, a desigualdade e oferecer segurança.

Grupos musicais e de dança animaram a cerimônia no simbólica praça, onde os nicaraguenses comemoram a cada 19 de julho o triunfo da Revolução Sandinista sobre a ditadura da dinastia dos Somoza em 1979.

Em declarações pouco antes da posse, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que os laços de amizade entre seu país e a Nicarágua são mais fortes do que nunca.

O governante venezuelano felicitou o povo nicaraguense por apoiar com essa decisão nas últimas eleições gerais “a consolidação de um caminho de paz e do sonho revolucionario” iniciado pelo prócer Augusto César Sandino.

“Essa é a pátria grande à qual pertencemos e que devemos seguir unindo”, sublinhou Maduro, ao felicitar o povo nicaraguense por apoiar as conquistas sociais impulsionadas pelo governo sandinista dentro de iniciativas como a Alba”, a fim de potenciar a solidariedade e a ajuda mútua entre os países da região.

Redação de Resistência, com Prensa Latina e Agência Venezuelana de Notícias

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