Brasil

Em comício no Ceará, Lula diz que impeachment contra Dilma é golpe

02/04/2016

O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, líder das forças progressistas, democráticas e populares brasileiras, afirmou neste sábado (2), em ato contra o impeachment e a favor da democracia, em Fortaleza (CE), que a oposição neoliberal e conservadora, a nova direita brasileira e a mídia a seu serviço, precisam explicar por que destilam tanto ódio contra a primeira presidente do país.

“Será que é ódio porque a empregada doméstica passou a ter direito neste país? Será que é ódio porque filho de pobre, negro, da periferia, passou a fazer faculdade? Será que é ódio porque 22 milhões de empregos foram gerados em 12 anos? Será que o ódio é porque todos os trabalhadores organizados tiveram aumento de salário? Será que é por causa do Fies, do Pronatec, das escolas técnicas, do Minha Casa Minha Vida, do Bolsa Família e do aumento real do salário mínimo? Eles precisam explicar por que têm tanto ódio da primeira mulher que preside o país”, afirmou.

Lula rebateu a tese de que o impeachment não é golpe. “Ninguém aqui é contra o impeachment que está na Constituição com base legal, por crime de responsabilidade, mas Dilma não cometeu nenhum crime, nenhuma irregularidade; por isso, defender impeachment hoje é, sim, ser golpista neste país”, disse. “A melhor forma de chegar ao poder é pelo voto; o resto é golpe”, complementou. “Vamos falar para o Cunha e para o Temer: Não vai ter golpe!” – enfatizou.

O ex-presidente afirmou que “eles não querem governar o pais para aumentar o salário mínimo, nem para para garantir às pessoas mais pobres o direito de subir mais um degrau”.

Lula também falou sobre a possibilidade de reassumir o posto de ministro-chefe da Casa Civil. “Na quinta-feira (7), eu estarei assumindo a Casa Civil, se a Suprema Corte aprovar, para ajudar a presidente Dilma, andar de mãos dadas com ela e com vocês, para criar condições de melhorar a vida do povo”, afirmou. “Nós temos que garantir a governabilidade à presidenta Dilma”, sublinhou.

Com Brasil 247 e agências

 

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