Otan

EUA exigem que aliados aumentem gastos militares e ameaçam: “Paciência do povo americano não irá durar para sempre”

20/02/2017
Mike Pence (esq.) e Jens Stoltenberg

Fugindo à norma da diplomacia internacional, que evita ao máximo tons impositivos, principalmente no trato com aliados, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, deu um prazo até o fim de 2017 para que os países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) façam “progressos reais” no investimento em armamentos e na repartição dos gastos do órgão. Pence também afirmou que se os aliados não aumentarem seus gastos militares “a paciência do povo americano não irá durar para sempre”.

“O presidente (Donald Trump) e o povo americano esperam que nossos aliados mantenham sua promessa e façam mais por nossa defesa comum. O presidente espera progressos reais para o fim de 2017”, disse Pence em entrevista na sede da Otan, em Bruxelas, depois de se reunir com o secretário-geral do órgão, Jens Stoltenberg, nesta segunda-feira (20).

Apesar de os líderes dos países membros da Otan terem se comprometido em 2014 a elevar suas despesas com armamentos para 2% do PIB, muitos não cumpriram a meta mínima.

O vice-presidente estadunidense citou as declarações do chefe do Pentágono, James Mattis, em sua primeira reunião ministerial da Otan. “Se já há um plano (para chegar a 2%), que o executem. Se não há, que procurem um”, afirmou.

Também nesta segunda-feira Mike Pence reuniu-se com Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia (CE). Em entrevista coletiva antes da reunião, Juncker afirmou, diante do vice-presidente dos Estados Unidos, que não é momento de criar “divisões” entre a União Europeia e os EUA. Juncker considerou que as relações econômicas entre UE e EUA “têm uma importância enorme”.

“A economia americana é mais dependente das trocas comerciais com a UE do que alguns nos EUA possam pensar”, afirmou.

Da Redação com informações da agência Efe

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