América Latina

Evo Morales apela à unidade popular para enfrentar ofensiva neoliberal

11/04/2016

O presidente boliviano, Evo Morales, alertou os povos sul-americanos para a nova modalidade que a direita neoliberal está utilizando para derrubar os governos progressistas, utilizando golpes judiciais e parlamentares em vez de levantes militares ou civis.

Agora os golpes já não são militares nem civis, são de caráter judicial e parlamentar, e as campanhas midiáticas e políticas estão orientadas a debilitar a imagem dos governantes anti-imperialistas e prejudicar a estabilidade dos países progressistas da região, sublinhou.

Para chegar aonde chegamos na Bolívia, enfatizou Morales, foi muito importante a unidade do povo, de todos os setores sociais. Haverá acusações, mentiras, e os neoliberais – mais conhecidos no país como os vende-pátria tentarão de tudo para dar fim a este processo, acrescentou.

Depois de reiterar sua solidariedade com a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-mandatária da Argentina, Cristina Kirchner, submetidos a feroz ataque midiático, Evo disse que a direita busca qualquer pretexto para inabilitar Lula como candidato às próximas eleições do Brasil.

A partir de 2006, recordou, quiseram acabar com Evo Morales como presidente mediante um referendo revogatório, mas fracassaram. Tentaram um golpe de Estado e fracassaram. Pretenderam dividir a Bolívia, com a mal chamada Meia Lua, e também fracassaram graças à consciência do povo.

Em 2008, acrescentou, alguns grupos quiseram tomar os fuzis dos soldados e cortaram pontos de  exportação de gás durante vários dias para estrangular o governo por falta de recursos econômicos, mas fracassaram graças à fidelidade da Polícia e das Forças Armadas à Constituição.

Em outro momento disseram que a cova do índio Evo seria a inflação e somente em um ano houve escassez de alguns produtos, com a inflação chegando a 12 por cento, mas, disse Evo, aprendemos a controlá-la e no ano passado a inflação foi menor a quatro por cento.

Evo assinalou que o governo boliviano derrotou os adversários em todas as batalhas anteriores, mas no   referendo de 21 de fevereiro passado não pudemos vencê-los nas redes sociais, uma nova forma que utilizaram para fazer campanhas políticas baseadas em mentiras e na manipulação.

Com a unidade do povo e dos diversos setores sociais, este processo vai continuar, afirmou, e  seguirá inaugurando obras porque a economia nacional continua crescendo, como já reconhecem os próprios organismos internacionais quando falam do modelo econômico boliviano.

Nosso processo é conhecido no mundo como dos movimentos sociais, a maior parte dos dirigentes do Estado provêm dos movimentos sociais e dos sindicatos, assinalou.

Antes quem decidia aqui eram os “Chicago boys” e hoje quem decide são os “Chuquiago (palavra aymara) boy”, ou seja antes os gringos decidiam sobre nossas políticas e hoje quem decide somos nós, os índios bolivianos, ressaltou.

 

Prensa Latina

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