Resistência

A integração regional, promovida pela Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), é a maior resposta aos muros, declarou nesta segunda-feira (6) o vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera.

Por Carmen Esquivel Sarría, para Prensa Latina

Entrevistado por Prensa Latina sobre a importância da recém celebrada cúpula extraordinária da Alba em Caracas, afirmou que este é um projeto de irmanação, de soma de forças e de complementariedade entre os povos.

“Em tempos de muros que querem voltar a converter o mundo em um regime feudal, onde cada país se amuralha frente ao resto de seus irmãos, Bolívia, Cuba, Venezuela, Nicarágua e Equador promovem a integração”, afirmou.

O vice-presidente criticou os planos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de cercar a fronteira com o México.

“Os muros, que eram próprios dos séculos XIII e XIV, regressam agora pela mão de alguns países altamente desenvolvidos”, advertiu.

García Linera afirmou que, frente a isso, a América Latina mostra sua maturidade e promove a verdadeira integração política, econômica e cultural dos povos.

“Não ao estilo da globalização neoliberal, que significa livre circulação de mercadoria e dinheiro, mas não de pessoas”, disse.

Para o vice-presidente, existe hoje um despertar da juventude, dos profissionais, artistas e trabalhadores em torno da necessidade de construir uma irmandade planetária, uma cidadania universal.

“O mundo é um bem comum e não se pode colocar fronteiras. É como querer colocar fronteiras no ar”, assegurou.

O vice-presidente destacou a importância da Alba e de outros mecanismos regionais, com a União de Nações Sul Americanas e a Comunidade de Estados latino-americanos e caribenhos.

Frente aos muros, soberania universal, integração continental, livre deslocamento de pessoas e irmanação política, econômica e cultural entre todas as nações, concluiu.

Fonte: Prensa Latina, tradução de Wevergton Brito Lima para o Resistência