Solidariedade

“Golpe contra Dilma mostra alto grau de violência política”, diz PC da Argentina

13/05/2016
Kreyness, secretário de Relações Internacionais do PCA

O Partido Comunista da Argentina afirma em um comunicado de imprensa que “o grau de violência política que o golpismo implica tem que ser respondido de maneira muito enérgica e combativa pelos setores populares”.

Depois da divulgação da decisão do Senado brasileiro de afastar a presidenta Dilma Rousseff, para ser submetida a julgamento político, o Partido Comunista da Argentina (PCA), emitiu um comunicado de imprensa no qual assinala seu “rechaço e preocupação perante o golpe institucional” que se verificou na irmã República do Brasil, “desconhecendo o respeito às urnas e à vontade soberana”.

Em coincidência com as palavras da mandatária, que imediatamente após o afastamento sustentou que “a população saberá dizer não ao golpe”, e chamou os brasileiros a “manter-se mobilizados”, o Partido Comunista assinalou a importância de que, “além de uma batalha política, o movimento popular brasileiro está saindo às ruas”.

Nesse sentido, o secretário de Relações Internacionais do PCA, Jorge Kreyness, disse que “o movimento popular brasileiro mobilizado hoje recobra um papel importantíssimo. Isto é um sinal das dificuldades com que se defrontará um governo golpista e ilegítimo – porquanto não foi consagrado pelo voto popular -, que se atreva a implementar políticas de ajuste como as que Macri está aplicando na Argentina”, detalhou. E sustentou que “o grau de violência política que o golpismo implica tem que ser respondido de maneira muito enérgica e combativa pelos setores populares”.

“As mobilizações não conseguiram, por ora, frear o golpe, mas hoje o movimento popular foi ativado e esta será uma característica permanente. Evidentemente, os processos populares na América Latina não podem subsistir ao golpismo neoliberal e pró-imperialista sem um alto grau de protagonismo e ação popular”, afirmou.

Por último, Kreynnes fez uma comparação entre a reação popular no Brasil frente ao golpe e a situação na Argentina. “Se registramos as mobilizações que se produziram na Argentina em 9 de dezembro, 24 de fevereiro, 24 de março, 13 de abril e 29 de março, vemos que conseguiram debilitar severamente o macrismo e que na Argentina continua havendo um dinamismo social que dá esperança”.

Finalmente, o secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista da Argentina reafirmou o compromisso do Partido de manter-se alerta e mobilizado, junto às forças do campo popular, os trabalhadores, os estudantes, em defesa da recomposição da democracia no Brasil.

Silvia Font, da assessoria de imprensa do PCA

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