Resistência

O governo colombiano e as Forças Armadas revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) continuarão buscando opções para alcançar a paz, apesar de que no domingo (2) os cidadãos se pronunciaram por pequena margem contra os acordos feitos depois de quase quatro anos de negociações.

Em meio a uma intensa campanha política e com evidente polarização, 35 milhões de colombianos foram chamados às urnas para responder Sim ou Não à pergunta: Você apoia o acordo final para terminar o conflito e a construção de uma paz estável e duradoura?
Com uma abstenção próxima de 63%, a rejeição aos acordos de paz se impôs com 50,22% dos votos, contra 49,78%.

O presidente Juan Manuel San­tos reconheceu os resultados mas assegurou que mantinha poderes para manter a ordem pública e continuar buscando a paz. “O cessar-fogo bilateral e definitivo continua vigente e seguirá vi­gente”, disse Santos em pronunciamento na­cional desde a Casa de Nariño (palácio presidencial) sobre o silenciamento das armas que o país vive desde 29 de agosto último.

O mandatário disse que não pensa em “render-se” e que continuará buscando a paz até “o último minuto de seu mandato”. E concluiu: “Esse é o caminho para deixar um país melhor para nossos filhos”.

Por sua parte, o líder máximo das Farc-EP, Timoleón Jiménez, se pronunciou desde Havana e ratificou a vontade de paz da guerrilha, assim como sua disposição de “usar somente a palavra como arma de construção do futuro”.

Fonte: Granma