Venezuela

Governo venezuelano insiste no diálogo nacional para manter a paz no país

25/04/2017
Marcha em defesa da Constituição e da paz

O dirigente socialista venezuelano, Jorge Rodríguez, reiterou nesta segunda-feira (24) o compromisso do governo de seguir o que foi acordado no diálogo nacional, com a finalidade de resguardar a segurança e conservar a paz no país.

Rodrígues destacou que o governo já reiterou isto à oposição em distintas formas, em reuniões privadas e públicas e que está pronto para que todos os pontos dos acordos da mesa de diálogo sejam aplicados. As declarações foram feitas nesta segunda-feira em programa canal Venezuelana de Televisão.

Em outubro de 2016 a oposição venezuelana aceitou a convocação do presidente da República, Nicolás Maduro, para trabalhar em conjunto em uma mesa de diálogo pela paz no país, integrada pelos ex-presidentes da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, do Panamá, Martín Torrijos e da República Dominica, Leonel Fernández. Igualmente, esta instância é acompanhada por representantes do Vaticano e da União de Nações Sul-americanas (Unasul).

Depois do primeiro encontro foram formadas quatro mesas temáticas: 1. Paz, Respeito ao Estado de Direito e à Soberania Nacional; 2. Verdade, Justiça, Direitos Humanos, Reparação de Vítimas e Reconciliação; 3. Tema econômico-social; 4. Geração de Confiança e Cronograma Eleitoral.

Apesar da instalação dessas mesas de trabalho, a oposição se retirou das conversações e parte desse setor político ativou neste mês de abril ações violentas de rua que buscam criar um clima de ingovernabilidade para propiciar uma intervenção militar estrangeira.

Diante disso, Rodríguez repudiou as ações violentas – promovidas pela direita venezuelana nos últimos dias – que geraram mais de 20 mortos em diferentes estados do país.

“Eu me somo ao chamado do presidente Nicolás Maduro. Não mais violência, não mais mortes. Não sejam irresponsáveis, não chamem a violência, a morte. É falso que haja argumentos para sua violência (…) Não há nenhum argumento para a violência, para o ódio”, sublinhou o dirigente que é também prefeito de Caracas.

“Se nós conseguirmos que a paz se imponha, isto seria a  vitória de todos”, acrescentou.

A direita venezuelana convocou ações de rua que terminaram em atos de vandalismo por parte de grupos financiados por este setor, bandos que causaram destruição a mais de 500 locais comerciais privados, ataques a instalações públicas de saúde e danos a imóveis e obras de vias públicas.

Redação de Resistência, com Agência Venezuelana de Notícias

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