Irã

Irã denuncia na ONU ‘ingerência grotesca’ dos EUA

04/01/2018

O representante permanente do Irã nas Nações Unidas, Qolamali Joshru, condenou o apoio dos Estados Unidos aos protestos no Irã e o considerou uma “ingerência” que “viola o direito internacional e os princípios fundamentais da ONU”.

Em uma carta dirigida à Organização das Nações Unidas (ONU) e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), Joshru denunciou nesta quarta-feira (3) a interferência dos Estados Unidos nos assuntos internos do Irã, ação que “se intensificou, de maneira grotesca”, ao das apoio aos atos violentos que ocorreram durante os recentes protestos que tiveram lugar no país persa, assinalou.

“O presidente (Donald Trump) e o vice-presidente dos Estados Unidos (Mike Pence), em suas numerosas tuitadas absurdas, insuflaram os iranianos a participarem em atos de sabotagem”, sublinhou Joshru, indicando, ademais, que ao adotar tais políticas, Washington “viola o direito internacional e os princípios fundamentais da ONU”.

Os atos de “ingerência” de Washington foram muito mais além, até o ponto de “incitar os manifestantes a mudar o governo”, denunciou o diplomata persa referindo-se à última tuitada de Trump, publicada no mesmo dia, em que o magnata norte-americano louva o povo do Irã por “seus intentos de acabar com seu governo corrupto”.
Na opinião de Joshru, o apoio de Trump aos iranianos contrasta com suas medidas anteriores, entre elas, “proibir que entrem nos Estados Unidos.” “O governo estadunidense (…) sempre insultou a grande nação do Irã”, recordou.

Respondendo às recentes críticas ao governo persa sobre a condução dos protestos, o representante persa na ONU enfatizou que “o direito ao protesto é reconhecido e garantido pela Constituição da República Islâmica do Irã”, e que “os protestos e as manifestações são realizados, quase diariamente, por grupos que têm diferentes interesses em todo o país”.

Na parte final de sua carta, Joshru manifestou a esperança de que todos os países condenem “tais políticas perigosas” (as dos EUA) e que peçam ao governo etadunidense que “se comprometa com os princípios da Carta das Nações Unidas e o direito internacional”.

Resistência, com Hispantv

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