Terrorismo

Lavrov clama a cooperação internacional contra o terrorismo

04/04/2017

A explosão no metrô de São Petersburgo demonstra a necessidade de uma luta conjunta contra o terrorismo, declarou, nesta terça-feira (4), o ministro russo das Relaciones Exteriores, Serguei Lavrov.

Tenho a certeza de que o ocorrido demonstra, mais uma vez, a necessidade do combate conjunto contra um flagelo global, afirmou Lavrov, no encontro em Moscou, com o Ministro das Relações Exteriores do Quirguistão, Erlan Bekesovich.

A explosão ocorreu ontem entre as estações Senaya Ploshad e Instituto Tejnologuichesky, deixando um saldo de 14 mortos, de acordo com a informação atualizada da Ministra da Saúde, Veronica Skvortsova.

Outras 51 pessoas estão hospitalizadas, de acordo com o último boletim do Ministério de Situações de Emergência.

O diretor do metrô de São Petersburgo, Vladimir Gariuguin, declarou que o primeiro artefato foi detonado no terceiro vagão, conduzido por Alexander Kaverin, um mecânico de 52 anos e pai de duas crianças,  com idades de três e oito anos.

Gariuguin esclareceu que, embora haja instruções, Kaverin tomou a única decisão correta possível, ou seja, continuar até a próxima estação, apesar da dificuldade da situação, o que ajudou a salvar muitas vidas.

“Ouvi um estrondo, liguei para a guarda e ouvi os passageiros pelo interfone. Todos falavam ao mesmo tempo e, então, decidi levar o trem até a próxima estação”, disse Kaverin.

O condutor se queixou de que o cerco da imprensa obrigou-o a dormir fora de sua casa, mas que encarou a ação como um dever. Hoje retornará ao seu posto de trabalho, declarou Gariuguin, depois de falar sobre os planos para condecorar o seu funcionário.

Além disso, o diretor do metrô de São Petersburgo, destacou também o bom desempenho dos inspetores Albert Sibirski e Lena Sviliova, que em uma verificação de rotina, ao final da viagem de um dos trens, detectaram uma bolsa suspeita.

Imediatamente foi dada a ordem para que se fechasse a estação Ploshad Vastanie até a chegada do esquadrão antibombas, que desarmou a bomba camuflada no interior de um extintor automotivo, colocado na bolsa, disse o funcionário.

Embora as medidas de segurança tenham sido aplicadas na referida estação do metrô, houve uma explosão entre as duas estações citadas acima, da mesma linha, declarou.

A explosão ocorreu às 14h40, no momento da saída de estudantes dos centros de ensino adjacentes à estação Instituto Tejnoliguishesky, de forma que a maioria das vítimas tinha entre 20 e 30 anos de idade.

Fonte: Prensa Latina, tradução de Maria Helena D’Eugênio para o Resistência

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