Venezuela

Ministro Gerardo Antonio: “No domingo os venezuelanos travaremos uma grande batalha com repercussão em todo o continente”

28/07/2017
Solenidade na embaixada da Venezuela comemorou os 63 anos de nascimento do comandante Hugo Chávez

Nesta sexta-feira (28), na embaixada da República Bolivariana da Venezuela em Brasília, realizou-se uma solenidade pela passagem dos 63 anos de nascimento do líder da Revolução Bolivariana, Hugo Chavéz Frías, falecido em 2013. Presentes, representantes dos corpos diplomáticos de países amigos, e militantes de movimentos sociais e partidos políticos solidários com a Venezuela. Representando o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), estava o Secretário de Política e Relações Internacionais, José Reinaldo Carvalho. Na ocasião, o Ministro Conselheiro da Embaixada, Gerardo Antonio Delgado Maldonado fez um discurso onde estão presentes a dignidade e a honra da Venezuela e das nações latino-americanas que lutam em defesa de suas soberanias. Leia abaixo a íntegra.

Palavras do Ministro Conselheiro Gerardo Antonio Delgado Maldonado por ocasião da comemoração dos 63 anos de nascimento do líder eterno da Revolução Bolivariana, comandante Hugo Rafael Chávez Frías

“Graças aos esforços políticos do Comandante Hugo Rafael Chávez Frías, a República Bolivariana da Venezuela conta hoje em dia com um poder constituinte nas mãos do povo e intransferível…

O processo Constituinte de 1999 abriu o caminho e deixou estabelecida a doutrina do Poder Originário…

A Assembleia Nacional Constituinte representa um grande chamado democrático para o reordenamento da República…

Setores da oposição política mantêm uma agenda violenta que pretende impor a ingovernabilidade do país com o fim de propiciar a intervenção da nação…

No entanto, nós vamos seguir derrotando este intento, e agora, com a Assembleia Nacional Constituinte, a Pátria de Simón Bolívar e do legado revolucionário do Comandante Hugo Chávez se fortalecerá e se consolidará com mais democracia e com um povo livre que defende sua soberania…

Ratificamos nossa permanente disposição ao diálogo, mas também o compromisso de alcançar a paz da nação para nosso povo com o novo processo constituinte de 2017”.

Palavras do Presidente Constitucional da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, desde o Palácio de Miraflores em 03 de maio de 2017.

Sejam todos e todas bem-vindos a este ato com motivo do septuagésimo terceiro aniversário do nosso Gigante da América e Líder Eterno da Revolução Bolivariana Venezuelana, Comandante Hugo Rafael Chávez Frías.

A Embaixada e o setor Adjunto Militar de Defesa da República Bolivariana da Venezuela na República Federativa do Brasil, agradecem sua presença nesta ocasião extremamente importante para nosso país, que nos aproxima como povos irmãos no âmbito político e cultural.

A República Bolivariana da Venezuela está hoje mais do que nunca presente no coração da Nossa América e no anseio da paz e do desenvolvimento do nosso povo venezuelano, está presente no esforço para consolidar o poder constituinte originário do nosso povo no próximo domingo 30 de julho de 2017.

Estamos neste momento em território venezuelano, por isso vou pedir o consentimento dos presentes para continuar em castelhano, com a finalidade de me explicar melhor no contexto atual da nossa Pátria, que nos compromete a todos os latino-americanos e caribenhos com sua defesa e solidariedade.

Nesta quinta-feira (27) a população venezuelana saiu às ruas em respaldo à Constituinte

Nesta quinta-feira (27) a população venezuelana saiu às ruas em respaldo à Constituinte

O enorme encerramento da campanha eleitoral do dia de ontem (segunda, 27 de julho de 2017) na Avenida Bolívar, no centro da capital, Caracas, demonstrou, não só a capacidade de mobilização de nosso povo, quando se trata de defender valores e princípios fundamentais da Revolução Bolivariana, mas também foi uma clara demonstração do respaldo popular que tem a proposta de uma Assembleia Nacional Constituinte, lançada em 1º de maio de 2017 por nosso Presidente Constitucional, Nicolás Maduro Moros.

Apesar do cerco midiático permanente que nos impõe as cadeias de desinformação transnacionais e os meios de comunicação dominados ou em mãos de elementos da direita internacional, nosso melhor termômetro para medir o clamor popular do povo sempre foi a rua; em clara demonstração do novo modelo de democracia participativa e protagônica e deixando de lado o obsoleto esquema que impõe a chamada democracia representativa, que hoje afeta negativamente a muitos povos de Nossa América.

A Assembleia Nacional Constituinte, que elegeremos os venezuelanos e venezuelanas no próximo domingo, dia 30 de julho, não dissolve, “per si”, a Assembleia Nacional ou o Poder Legislativo atual em nosso país. Poderiam tranquilamente coexistir ambas, entendendo-se que a Assembleia Nacional Constituinte é um poder supremo ao qual a atual Assembleia Nacional não poderá, sob nenhum argumento legal ou ações violentas, como as do presente, esquivar-se as suas deliberações.

Como dignos herdeiros da Pátria do libertador Simón Bolívar e comprometidos, como estamos, com a defesa do legado revolucionário que nos deixou o comandante Hugo Rafael Chávez Frías – a quem homenageamos em seu natalício número 63 – uma vez mais, como venezuelanos, como latino-americanos e caribenhos e como cidadãos do mundo:

Denunciamos, ante nossos países irmãos latino-americanos e caribenhos, a ingerência dos Estados Unidos da América em nossos assuntos internos venezuelanos;

Rechaçamos, ante a comunidade internacional, as ameaças de mais sanções proferidas por parte de seu presidente, Donald Trump, e

Acusamos, ante a Organização das Nações Unidas, a intenção de violar as disposições vigentes do Direito Internacional por parte de altos funcionários dos Estados Unidos – neste caso me refiro ao Diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), Mike Pompeo, por planificar e programar ações sediciosas e clandestinas tentando o derrubamento de nosso presidente legítimo e constitucional, Nicolás Maduro Moros; em provada conspiração perversa e mal-intencionada dos atuais dirigentes governantes de países que atuam em função dos interesses estadunidenses no solo sagrado de nossos libertadores.

Neste próximo domingo, 30 de julho de 2017, na República Bolivariana da Venezuela, os venezuelanos e as venezuelanas travaremos uma grande batalha que terá repercussão em todo o continente de Nossa América. Não podemos, como latino-americanos, como caribenhos, como cidadãos de nações que ansiamos por um mundo melhor, baseado no equilíbrio pluri polar, onde se imponha a justiça e o direito internacional por cima dos desejos mais obscuros dos poderosos, quedarmos inertes e imóveis ante o desejo dos violentos de impor a agenda beligerante que têm mantido em muitos de nossos países e que hoje afeta a pátria do Comandante Hugo Rafael Chávez Frías.

Neste sentido, peço a meus colegas do Corpo Diplomático, aos companheiros do Corpo Consular, aos camaradas dos Movimentos Sociais, Partidos Políticos aliados e membros do Grupo de Solidariedade com nosso país; para que nos mantenhamos atentos e alertas aos próximos acontecimentos que terão lugar na República Bolivariana da Venezuela. Muitos de nossos países tem conhecido de perto os embates do imperialismo no solo sagrado de Nossa América.

A Assembleia Nacional Constituinte de 2017 será uma ferramenta democrática para defender e promover a paz, frente aos setores fascistas internacionais e locais que intentam por todos os meios violar a auto-determinação do povo livre e soberano da República Bolivariana da Venezuela.

A Assembleia Nacional Constituinte de 2017 será uma ferramenta para defender e aprofundar os benefícios e direitos alcançados na Revolução, um direito justo para os venezuelanos e venezuelanas que vem travando a batalha desde há 19 anos.

A Assembleia Nacional Constituinte de 2017 será a ferramenta para impor um freio à violência fascista e lacaia e será um exemplo de empoderamento popular para a defesa do pleno exercício do poder da gente que participa, discute e decide o rumo do nosso país.

A Assembleia Nacional Constituinte de 2017 será a ferramenta que terá o bravo povo venezuelano para travar, heroicamente, a guerra multidimensional de quarta geração que, criada nos laboratórios golpistas da CIA, nos querem impor aos venezuelanos.

Em momentos difíceis, como os que estamos atravessando em toda a Pátria Grande Latino-americana e Caribenha e em um contexto internacional no qual amigos de outrora e de épocas vitoriosas pulam o muro para criticar, desde uma abstrata consciência interessada, resulta não só importante o apoio de vocês, se não também, decisivo para incentivar a todos os movimentos populares do continente e do mundo a seguir apoiando-nos mutuamente, desta vez para defender a Revolução Bolivariana venezuelana.

Os venezuelanos sabemos muito bem que são nestes momentos difíceis que os povos demonstram seus maiores gestos libertadores e não temos dúvida de que os povos irmãos solidários do mundo denunciarão, ao lado da República Bolivariana da Venezuela, as barbaridades da direita fascista nacional e internacional que nunca, é claro, foram noticiadas nos grandes meios de comunicação internacionais.

Nos compete então nos mobilizarmos para demonstrar que o projeto bolivariano segue ardendo em nossos corações.

Nos compete então assumir a Assembleia Nacional Constituinte como um projeto de integração revolucionário para conquistar a segunda e definitiva independência.

Nos compete então fundar a nova institucionalidade da Pátria Grande, pluri nacional, descolonizada, feminista, humanista e solidária.

Nos compete então levantar as bandeiras do Comandante Hugo Rafael Chávez Frías, a quem honramos desde Brasília em seu aniversário número 63 ao lado do povo brasileiro, para defender seu legado e lutar ao lado do legítimo e constitucional Presidente da República, Nicolás Maduro Moros.

As dificuldades que enfrentamos hoje como povo serão superadas e hoje, 28 de julho de 2017, quando comemoramos o aniversário número 63 do Comandante Eterno da Revolução Bolivariana, Hugo Rafael Chávez Frías, recordamos com alegria e emoção seu legado revolucionário nesta passagem da história, que despertou o povo venezuelano, o comprometeu com seu futuro e nos integrou a todos como povos irmãos do continente, em seu pensamento e ação para sermos solidários como povos revolucionários, para cooperar como nações livres e para manter vivo o compromisso de nos apoiarmos mutuamente como povos latino-americanos e caribenhos.

Hoje a “Venezuela é o Coração da América” e por isso convocamos a todas e todos os povos da Pátria Grande a manifestar-nos em apoio ao direito soberano que hoje temos os venezuelanos e venezuelanas para realizar esta campanha constituinte, contra a estratégia imperialista que amanhã pode também afetar a outras nações de Nossa América, pelo simples direito de defender nossos direitos, de salvaguardar nossos recursos naturais e continuar nossa determinação de sermos povos livres e soberanos.

Viva o legado do Comandante Chávez!

Viva o povo brasileiro!

Viva nosso presidente Nicolás Maduro!

Viva a Constituinte!

Tradução de Wevergton Brito Lima para o Resistência

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