Síria

Os Estados Unidos são os culpados pelo fracasso das tréguas, afirma presidente Assad

06/11/2016

Os Estados Unidos e o Ocidente são totalmente responsáveis pelo fracasso das tréguas em Alepo, afirmou o presidente sírio Bashar Al Assad, em entrevista ao jornal sérvio Politika e amplamente divulgada neste sábado (5) em Damasco.

“São os responsáveis pelo fracasso do recente cessar-fogo porque para eles, o terrorismo e os terroristas são simplesmente uma carta que utilizam no cenário sírio”, reiterou.

Al Assad destacou que os Estados Unidos exigem o cessar-fogo, porém somente quando os opositores precisam se reagrupar e receber reforços adicionais. ‘Quando não conseguem, pedem aos terroristas que violem as tréguas’.

Tratam de aproveitar o cessar-fogo para proporcionar apoio aos terroristas, seja logisticamente ou com armas, com a finalidade de devolvê-los fortalecidos e que voltem a atacar; e quando isso não funciona voltam a pedir uma trégua e iniciar novos ataques, indicou o chefe de Estado na matéria publicada.

Nesse sentido, salientou a que ‘Rússia está decidida a continuar a luta contra os terroristas, enquanto os estadunidenses estão construindo sua política sobre valores totalmente diferentes, e utilizam os terroristas como cartas em um jogo político a serviço de seus próprios interesses em detrimento dos interesses de outros países no mundo’.

Acrescentou que ‘os países ocidentais queriam utilizar a máscara humanitária para encontrar uma justificativa para uma maior intervenção na Síria, seja militar ou mediante o apoio aos terroristas’.

Na realidade, sublinhou, ‘o Ocidente é o que dá sinal verde à Turquia, Arábia Saudita e Catar para apoiar os terroristas, inclusive os governos dessas nações são meros fantoches do Ocidente, e também são marionetes que trabalham a serviço dos Estados Unidos. Os terroristas na Síria estão lutando em nome desses países e em nome do Ocidente e dos Estados Unidos’.

Sobre a situação nacional, Al Assad sublinhou: ‘sempre digo que menos de um ano é um tempo suficiente para resolver os problemas internos. O problema se complica quando há mais intervenção por parte de potências estrangeiras. Quando essas potências estrangeiras deixarem a Síria em paz poderemos nós, os sírios, resolver o problema dentro de alguns meses, em menos de um ano’.

Entre outros temas tratados, incluídas as próximas eleições estadunidenses, afirmou: ‘o debate sobre essas eleições no mundo se baseia em que candidato seria o melhor, Hillary Clinton ou Donald Trump. Na Síria, o debate é quem é o pior, portanto, não creio que nenhum deles será bom para nós’.

Fonte: Prensa Latina

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