Colômbia

Para concluir acordo de paz na Colômbia, Farc pedem apenas um “nunca mais”

15/04/2016
Delegação das Farc-EP nos diálogos de paz

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia -Exército do Povo (Farc-EP) confirmaram nesta quinta-feira (14) a vontade de deixar as armas, e exigiram garantias de segurança para seus combatentes uma vez desmobilizados.

Nosso compromisso é fazer política sem armas, esperando que as que a sociedade confiou aos agentes do Estado não voltem a ser utilizadas contra seu próprio povo. Pedimos apenas um nunca mais, afirmou o chefe da delegação da guerrilha, Ivan Márquez.

O comandante guerrilheiro reiterou também a necessidade de que o governo de Juan Manuel Santos enfrente o auge do fenômeno do paramilitarismo na Colômbia e combata a corrupção e o saque dos recursos naturais.

Nesse sentido, chamou a impedir a exploração petroleira em Caño Cristales, uma região do município de La Macarena, na região de Meta, no centro do país, que constitui uma referência  geográfica, turística e ecológica.

Delegações de paz do governo e das Farc-EP buscam desde 2012 em Havana uma saída política ao conflito armado de mais de meio século, que já custou cerca de 300 mil vidas e milhões de desalojados.

Depois de alcançar acordos parciais nos temas de reforma rural, participação política, combate às drogas ilícitas e o narcotráfico, e reparação das vítimas do confronto, ambas as partes buscam aproximar posturas em torno do fim do conflito.

Em um comunicado conjunto divulgado nesta quinta-feira, ambas as delegações anunciaram que retomarão contatos em 21 de abril próximo para continuar aproximando visões sobre o assunto em debate, que inclui o cessar-fogo, a deposição das  armas, o paramilitarismo e as garantias de segurança.

Prensa Latina

Compartilhe:

Leia também