Movimento Comunista

Partido Comunista de Cuba: Revolução Cubana mantém seu rumo inalterado

15/04/2016

O Partido Comunista de Cuba emitiu uma declaração “às forças políticas e sociais amigas”, onde aborda a realização do seu 7º Congresso, reafirmando a “fidelidade aos princípios, a coerência da nossa política exterior e a nossa solidariedade com as causas nobres do mundo”. Leia a íntegra do documento.

MENSAGEM DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA ÀS FORÇAS POLÍTICAS E SOCIAIS AMIGAS

Entre os dias 16 e 19 de abril, o Partido Comunista de Cuba celebrará seu 7º Congresso, que terá como objetivos fundamentais avaliar o cumprimento das Orientações da Política Econômica e Social aprovadas no 6º Congresso. Será discutida e aprovada também a estratégia de desenvolvimento do país até 2030 e a conceituação do modelo econômico e social cubano.

O Congresso será realizado em um clima internacional marcado pela crise mundial e pelo agravamento das contradições geopolíticas globais, enquanto recrudesce a contraofensiva imperialista da direita contra os processos revolucionários, democráticos e libertadores do continente e os esforços para a integração da área.

Em meio a este contexto, a Revolução Cubana mantém seu rumo inalterado. Desde o ano de 2011, com o respaldo majoritário do povo cubano, desenvolve-se a atualização do modelo econômico destinado a construir um socialismo próspero e sustentável.

Simultaneamente, desde dezembro de 2014, estamos avançando em um complexo processo de normalização das relações com os Estados Unidos da América, que aspira a alcançar uma convivência civilizada com o governo daquele país, em consonância com os esforços de Cuba e de toda a América Latina e o Caribe para fazer da nossa região uma Zona de Paz, tal como foi proclamado pela 2ª Reunião de Cúpula da Celac, realizada em Havana, em janeiro de 2014.

O Partido Comunista de Cuba está consciente dos desafios impostos por este processo de normalização das relações. Sabemos que importantes setores estadunidenses mantêm o objetivo de erodir as bases da Revolução e derrocar nosso sistema político, através da aproximação e da influência direta. Neste sentido, consideramos que a visita do presidente Barack Obama a Havana confirmou a decisão de tornar irreversível esta nova tática contra Cuba.

A normalização das relações com os Estados Unidos da América abre um novo caminho na batalha de ideias que vimos travando entre a solidariedade e o individualismo, entre a inclusão e o desprezo, entre o desígnio de Monroe e o espírito de Martí, entre a exploração e a justiça social, entre a dominação neoliberal e a soberania e integração da América Latina.

Chegamos até aqui graças à unidade e à resistência do nosso povo frente ao poderio militar, econômico e cultural do imperialismo, unidos à sábia condução dos companheiros Fidel e Raúl Castro. Ao que se soma a nossa fidelidade aos princípios, a coerência da nossa política exterior e a nossa solidariedade com as causas nobres do mundo.

Devemos ressaltar que não se pode separar os triunfos do povo cubano do extraordinário movimento de solidariedade internacional, que durante todos esses anos nos acompanhou em lutas essenciais como a deflagrada pela liberdade de nossos Cinco Heróis. Solidariedade pela qual agradeceremos eternamente e consideramos hoje, mais do que nunca, vital.

O povo cubano e sua vanguarda organizada manterão a luta contra o bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos da América. Não descansaremos até ver içada a nossa bandeira no território que a Base Naval estadunidense ocupa ilegalmente na Baía de Guantánamo. Continuaremos denunciando os planos de ingerência e o financiamento de grupos contrarrevolucionários em território cubano, assim como as transmissões ilegais de radiodifusão e televisivas, violadoras da nossa soberania e custeadas com os fundos públicos do governo estadunidense.

Como expressou recentemente o líder histórico da Revolução Cubana, Comandante em Chefe Fidel Castro, nosso povo, nobre e abnegado, não renunciará à glória, aos direitos, nem à riqueza espiritual obtidos com o desenvolvimento da educação, da ciência e da cultura. Não necessitamos – nem necessitaremos – de presente algum do império. Manteremos o nosso compromisso com a paz e a fraternidade e seguiremos sempre fiéis à nossa história.

O Departamento de Relações Internacionais do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba

Tradução: Maria Helena D’Eugênio, para o Resistência

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