ONU

Pela primeira vez, Assembleia Geral da ONU será presidida por mulher latino-americana

06/06/2018

A chanceler do Equador, Maria Fernanda Espinosa, será a primeira mulher latino-americana a assumir a presidência da Assembleia Geral da ONU, em setembro.

Desde já, ela vislumbra os desafios do 73º período de sessões. Em entrevista, disse que será o período de implementação das primeiras reformas promovidas pelo secretário geral, Antonio Guterres. “Devemos dizer ao mundo que somos uma organização responsável”, afirmou.

Espinosa considera que este processo de reformas supõe um desafio, perante o qual expressou o compromisso de trabalhar junto aos Estados membros.

A questão palestina é um tema que a diplomata equatoriana coloca no centro de sua agenda, sobretudo no atual momento em que Israel intensifica seus ataques contra a nação árabe.

Espinosa manifestou seu grande empenho na luta pela igualdade de gênero, o respeito aos direitos das mulheres e especialmente em defesa das que são vítimas em conflitos armados.

O Pacto Global para uma Migração Segura, Ordenada e Regular, o Pacto Mundial para os Refugiados, a Agenda 2030, o combate às desigualdades, o financiamento para o desenvolvimento e a ação climática três anos depois do Acordo de Paris, figuram também entre suas prioridades.

Quando Maria Fernanda Espinosa assumir a presidência da Assembleia Geral da ONU no próximo mês de setembro, ela será a primeira mulher latino-americana e a quarta mulher a ocupar o posto.

A chanceler equatoriana conseguiu o apoio de 128 Estados membros que votaram a seu favor, apenas três meses depois de anunciar sua candidatura, o que gerou muitas fricções com Honduras, que havia lançado a sua candidata muito tempo antes.

Esta eleição é considerada histórica porque pela primeira vez duas mulheres latino-americanas foram candidatas a ocupar a presidência do maior organismo das Nações UNidas.

A chanceler equatoriana tem mais de 20 anos de experiência internacional em temas multilaterais, integração, segurança e defesa, direitos humanos, mudança climática, direitos dos povos e nacionalidades indígenas.

Durante sua gestão como chanceler do Equador incluiu temas como a defesa dos direitos humanos e da natureza, a cooperação internacional e a diversificação das relações internacionais.

Ela foi a primeira mulher embaixadora do seu país perante as Nações Unidas em Nova York e também exerceu esse posto em Genebra. Ela também foi ministra coordenadora do Patrimônio Cultural e Natural e ministra da Defesa Nacional.

Resistência, com Prensa Latina

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