China

Pequim responde a declarações americanas sobre a segurança cibernética

31/01/2018

Pequim apelou, na segunda-feira (29), à comunidade internacional para melhorar o diálogo e a cooperação com base na confiança mútua, como forma de lidar conjuntamente com ameaças à segurança cibernética.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, em uma coletiva de rotina, solicitou tal cooperação após declarações de um alto funcionário dos EUA, no domingo, sobre os planos do governo americano para criar uma rede sem fios 5G, visando combater uma alegada ameaça de espionagem da China aos telefonemas dos EUA.

O funcionário, confirmando a essência de um relatório do site de notícias Axios.com, disse que a opção estava sendo debatida em um nível inferior na administração, estando entre seis a oito meses de ser considerada pelo próprio presidente.

O conceito de rede 5G tem como objetivo abordar o que as autoridades consideram uma ameaça da China à segurança cibernética e à segurança econômica dos EUA.

Este mês, a AT&T foi forçada a retirar um plano para oferecer aos seus clientes aparelhos construídos pela Huawei Technologies Co, da China, depois da pressão sobre os reguladores federais por parte de alguns membros do Congresso.

Em 2012, a Huawei e a ZTE Corp foram alvos de uma investigação dos EUA sobre equipamentos que supostamente proporcionavam oportunidades para espionagem estrangeira.

“A China mantém uma posição consistente sobre a questão e o governo proíbe e reprimirá qualquer forma de ataque cibernético”, reforçou Hua.

“Acreditamos que a comunidade internacional deve, com base no respeito mútuo e na confiança, fortalecer o diálogo e a cooperação e dar as mãos para enfrentar a ameaça dos ataques cibernéticos, como forma de manter a paz e a estabilidade do ciberespaço”, disse.

Wang Yiwei, professor de estudos internacionais na Universidade Renmin da China, disse que a ação dos EUA tem vários propósitos.

Sob o pretexto da ameaça, os EUA estão disseminando o protecionismo para seu mercado interno, o que desagrada à China, disse Wang.

“Os EUA atribuem demasiada preocupação ao mercado 5G, mas perderam o status de monopólio na área. Por isso, o país está tentando se recuperar do atraso e permanecer vigilante contra a China”, concluiu.

Fonte: Diário do Povo Online

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