Irã

Presidente do Irã denuncia que EUA e Israel incitam a violência em seu país

02/01/2018

O presidente do Irã, Hassan Rohani, denunciou nesta segunda-feira (1º) que os inimigos do país persa, encabeçados pelos Estados Unidos, não toleram as conquistas desta nacão na região do Oriente Médio e por isso incitam as pessoasa a provocarem distúrbios.

“Nosso progresso tem sido intolerável para eles (os inimigos). Nosso êxito no mundo da política perante os Estados Unidos e o regime sionista de Israel tem sido insuportável para eles”, disse Rohani durante reunião com os chefes das comissões do Parlamento do país.

Rohani considera que os inimigos de seu país “estão vingando-se” do Irã pelo “exitoso papel que desempenhamos na luta contra o terrorismo e na restauração da segurança e estabilidade no Oriente Médio”.

Desde 28 de dezembro último os iranianos saíram às ruas, um grupo para protestar e exigir melhorias econômicas, outro para demonstrar apoio ao governo.

Algumas manifestações se tornaram violentas, o que resultou em 10 mortos, de acordo com agências noticiosas internacionais.

O presidente iraniano assinalou que as pessoas têm direito de protestar e expressar suas críticas, mas de maneira pacífica e de acordo com as leis.

Rohaní expressou a confiança em que os 80 milhões de iranianos se manterão unidos e “sairão às ruas, se for necessário, para apoiar o sistema da República Islâmica e repudiar os que provocam distúrbios e violam a lei”, induzidos pelos inimnigos para cometer atos violentos.

Rússia condena ingerência

O Ministério russo de Assuntos Exteriores condenou a ingerência externa nos assuntos do Irã, depois que constatou que vários países, inclusive os Estados Unidos, aproveitaram os recentes protestos no país persa para pedir uma “mudança” de governo.

“É um assunto interno do Irã (…). A ingerência externa que desestabilize a situação é inadmissível”, ressaltou o Ministério de Assuntos Exteriores da Rússia em um comunicado.

A chancelaria russa expressou sua esperança de que “a situação não se desenvolva sob um cenário de violência e derramamento de sangue”.

Em 30 de dezembro último, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, questionou através da sua conta do Twitter o sistema da República Islâmica do Irã, vinculando as mobilizações dos últimos dias com assuntos políticos. Nessa ocasião, o mandatário estadunidense voltou a acusar as autoridades iranianas de “corrupção e de financiar o terrorismo no exterior”.

As declarações de Trump foram condenadas pelo presidente do Irã, Hassan Rohani, que assinalou que Trump é “incapaz de mostrar simpatia para com o povo iraniano”.

Na segunda-feira (1º), Trump voltou à carga, afirmando, também pelo Twitter, que “o grande povo iraniano foi reprimido durante muitos anos” e que “é chegada a hora de uma mudança” nesse país.

Resistência, com Agência Venezuelana de Notícias

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