Constituinte na Venezuela

Presidente Maduro conclama à união cívico-militar para enfrentar conspirações contra a Constituinte

09/06/2017

O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta quinta-feira (8) que setores da oposição pretendem desenvolver um plano conspirativo contra a Constituinte, pelo que conclamou o povo à união cívico-militar em defesa deste processo.

“Se algum dia o povo da Venezuela amanhecesse com alguma notícia de uma conspiração, de um complô, para tentar deter o processo popular constituinte, que constitucionalmente está fixado para o dia 30 de julho, eu chamo à união cívico-militar para derrotar nas ruas a conspiração, o complô e o golpe de Estado que se possa pretender contra este chamado constitucional (a Constituinte)”, exortou o mandatário nacional em um ato realizado no Teatro Teresa Carreño, em Caracas, com o funcionalismo do Magistério.

A Assembleia Constituinte será integrada por 364 constituintes territoriais, oito indígenas e 181 setoriais, que serão distribuídos da seguinte maneira: no setor de trabalhadores serão eleitos 79 representantes; camponeses e pescadores, oito; empresários, cinco; aposentados, 28; pessoas com deficiência, cinco; estudantes, 24; conselhos comunitários e comunidades, 24.

O presidente recordou que os constituintes serão eleitos mediante o voto secreto, livre e universal no dia 30 de julho. Nesse sentido chamou todos os eleitores a participarem em massa. “Vamos votar pela paz, pela união, pelo direito ao futuro, por uma Constituimnte de paz!”.

A Constituinte busca fortalecer a Constituição bolivariana e blindar os direitos e conquistas sociais do povo venezuelano. Contudo, esta iniciativa é rechaçada por setores extremistas da oposição, que desde o início de abril último executam um plano golpista caracterizado pela violência e atos terroristas, que deixou um saldo de mais de 60 mortos e mais de mil lesionados, ao que se somam milionários danos a bens públicos e privados.

“É preciso estarmos alertas para defendê-lo, porque há os que querem golpear o processo constituinte. Estão montando uma conspiração contra o processo constituinte”, alertou o chefe de Estado, pelo que chamou os venezuelanos a ficarem em mobilização permanente pela paz.

Nesse sentido, disse que os próximos 52 dias que antecedem essas eleições deverão ser “de campanha admirável, de consciência de rua, de mobilização”.

Resistência, com Agência Venezuelana de Notícias

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