Luta palestina

Presidente palestino na ONU: “Israel viola compromissos internacionais e age com impunidade perante a lei”

20/02/2018

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, reafirmou nesta terça-feira (20), perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, o desejo de seu povo de viver em liberdade e dignidade, afastado de guerras e destruição, do terrorismo e do extremismo.

Há 70 anos, milhões de palestinos vem sofrendo com a crueldade do exílio e perdendo seu direito a uma vida pacífica e estável em sua Pátria, afirmou.

Apesar do apoio de boa parte da comunidade internacional e das múltiplas resoluções aprovadas, a Palestina não é reconhecida como um Estado nem como membro de pleno direito da ONU, agregou. Somos descendentes dos cananeus, que viveram em nossas terras há cinco mil anos: nesse mesmo lugar, o povo palestino construiu suas próprias cidades e instituições, explicou.

Mas vivemos agora sob ocupação permanente e ninguém pediu contas a Israel quando começou a expansão por nosso território em 1948, enfatizou.

Como lembrou Abbas, durante todos esses anos, foram aprovadas 705 resoluções na Assembleia Geral e 86 resoluções no Conselho de Segurança em repúdio à ocupação: até agora, nenhuma tem sido implementada.

Israel viola seus compromissos internacionais e age com impunidade perante a lei, denunciou o presidente palestino.

O que começou como uma situação de ocupação temporária, terminou sendo uma colonização permanente, enquanto Tel Aviv continua fechando a porta à solução dos dois Estados, com base nas fronteiras de 1967 e com Jerusalém como capital compartilhada, recordou.

Apesar de permanecermos sob ocupação, tentamos desenvolver instituições como a Autoridade Nacional Palestina e continuamos trabalhando para unir nosso povo.

A Palestina se opõe às armas nucleares e às armas convencionais que provocam tanta guerra e destruição, disse.

Nesse sentido, Abbas enfatizou a necessidade de fomentar a cultura da paz, de repúdio à violência e da busca pelo desenvolvimento sustentável.

“Estamos aqui hoje, depois de uma longa viagem e enormes esforços, para traçar um caminho político que leve a uma paz integral e justa.”

Nunca recusamos as múltiplas tentativas de diálogo e negociação, jamais deixamos de aceitar os convites a participar de diálogos, pois consideramos que a negociação é a única via para estabelecer a paz, afirmou o presidente palestino. Devido ao estancamento, acrescentou, não perdemos a esperança, viemos à ONU pois acreditamos nos princípios da Carta das Nações Unidas, que afirma o direito dos povos à livre determinação.

Nesta terça-feira, o Conselho de Segurança da ONU leva a cabo uma reunião aberta para debater a questão de Israel e da Palestina.

Fonte: Prensa Latina

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