Geopolítica

Trump e Merkel tentam acertar os ponteiros e reafirmam prioridade para o bloco militar agressivo da Otan

19/03/2017

Enquanto a grande mídia discute em vão sobre as gafes e grosserias de Trump, o encontro entre o presidente dos Estados Unidos e a chanceler alemã Angela Merkel na última sexta-feira (17) em Washington foi marcado pela reiteração das duas partes da primazia militar nas relações das duas potências e da União Europeia com o resto do mundo.

Donald Trump reiterou o seu forte apoio à Otan e voltou a pressionar seus parceiros, incluindo a Alemanha, a cumprir a meta de gastos militares da aliança agressiva.

“Eu reiterei para a chanceler Merkel o meu forte apoio à Otan e também a necessidade de que os nossos aliados da Otan paguem a sua fatia justa pelo custo da defesa”, afirmou Trump em entrevista conjunta com Merkel.

A visitante disse estar satisfeita com o comentário de Trump sobre o bloco militar e assegurou que seu país trata de realizar maiores gastos em defesa.

Os dois também discutiram sobre a Ucrânia e o Afeganistão. Na Ucrânia está em vigor um regime reacionário depois de um golpe de Estado em 2014 que teve o envolvimento de forças fascistas e contou com o apoio da União Europeia e dos Estados Unidos. Já o Afeganistão é alvo de uma guerra norte-americana desde outubro de 2001

Na discussão sobre temas econômicos,Trump declarou esperar que os EUA se saiam “fantasticamente bem” no comércio com a Alemanha, enquanto Merkel disse que esperava que os EUA e a União Europeia pudessem retomar as discussões sobre um acordo comercial. Trump negou que seja isolacionista, defendeu mas que a política comercial deveria ser mais justa.

De acordo com Merkel, na reunião desta sexta-feira os dois líderes também conversaram sobre a situação mundial e os acordos de comércio internacional, sobre os quais comentou que funcionam melhor quando trazem benefícios para todas as partes envolvidas.

Trump, que tem sido muito crítico com esse tipo de tratados, sugeriu que sua administração os revisa para servir melhor aos interesses dos Estados Unidos e descartou que essa decisão corresponda a uma política de isolacionismo.

“Nós tivemos conversas em que tentamos lidar também com aquelas áreas nas quais discordamos, mas nós tentamos a união e tentamos buscar um compromisso que seja bom para os dois lados”, declarou Merkel.

Redação de Resistência com agências

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