China

Xi Jinping: China continua comprometida com defesa da paz mundial

19/01/2017
O presidente chinês, Xi Jinping, no escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, Suiça / Foto: Xinhua/Rao Aimin

O presidente da China, Xi Jinping, disse nesta quarta-feira (18) em Genebra que seu país continua comprometido com a defesa da paz mundial.

O presidente fez a declaração durante um discurso pronunciado no escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra.

“Durante diversos milênios, a paz esteve no sangue de nós chineses e formou parte de nosso DNA”, disse o presidente.

“Não faça a outros o que não queira que outros façam a ti”, disse o presidente citando Confúcio, um grande sábio chinês antigo.

Xi disse que a China passou de ser um país pobre e débil e tornou-se a segunda maior economia do mundo, não através da expansão militar ou do roubo colonial, mas do trabalho árduo de seu povo e seus esforços por defender a paz.

“A China não vacilará nunca na busca do desenvolvimento pacífico. Sem importar quão forte sua economia seja, a China nunca procurará a hegemonia, a expansão ou as esferas de influência. A história provou isso e o continuará provando”, afirmou.

O líder chinês também disse que a China se manterá firme em seu compromisso de procurar o desenvolvimento comum.

“O desenvolvimento da China foi possível graças ao mundo e a China contribuiu ao desenvolvimento do mundo. Continuaremos com uma estratégia de abertura de que todos ganhem, compartilhando as oportunidades de desenvolvimento com outros países e lhes dando as boas-vindas a bordo do trem rápido do desenvolvimento da China”, disse o presidente.

O presidente disse que a China proporcionou a outros países mais de 400 bilhões de yuans (US$ 58,4 bilhões) em ajuda entre 1950 e 2016 e que desde o início da crise financeira internacional, a China contribuiu em média com mais de 30% do crescimento global anual.

Também assinalou que nos próximos cinco anos, a China importará 8 trilhões em produtos, atrairá US$ 600 bilhões em investimento estrangeiro, destinará US$ 750 bilhões ao investimento no exterior e os turistas chineses realizarão 700 milhões de visitas ao estrangeiro.

“A China mantém-se sem mudança em seu compromisso de incentivar as parcerias”, disse o presidente em seu discurso.

O presidente também indicou que a China continua uma política externa independente e de paz e está disposta a ampliar a amizade e a cooperação com todos os outros países na base dos Cinco Princípios da Coexistência Pacífica*.

A China formou parcerias de diferentes tipos com mais de 90 países e organizações regionais e construirá um círculo de amigos em todo mundo, disse.

O presidente disse que a China se esforçará por construir um novo modelo de relações entre grandes países com os Estados Unidos, uma parceria estratégica abrangente de coordenação com a Rússia, uma parceria de paz, crescimento, reforma e entre civilizações diferentes com a Europa e uma parceria de unidade e cooperação com os países do BRICS.

A China também se manterá sem mudança em seu compromisso com o multilateralismo, disse o presidente.

Xi descreveu o multilateralismo como uma maneira efetiva de preservar a paz e promover o desenvolvimento e disse que durante décadas, a ONU e outros organismos internacionais realizaram uma contribuição universalmente reconhecida para manutenção da paz mundial e a sustentação do desenvolvimento.

A China defenderá com firmeza o sistema internacional com a ONU como seu núcleo, as normas básicas que regem as relações internacionais incluídas nos propósitos e princípios da Carta da Organização das Nações Unidas, a autoridade e estatura da ONU e seu papel central nos assuntos internacionais, acrescentou.

* Os Cinco Princípios da Coexistência Pacífica, que a China considera um dos fundamentos de sua política externa, foram formulados em 1954 pelo chanceler chinês Chu En-Lai,  e são os seguintes, segundo o que foi apresentado por Chu En-Lai na Conferência de Bandung, Indonésia, em abril de 1955: 1) Respeito mútuo à soberania e à integridade territorial. 2) Não agressão mútua. 3) Não intervenção nos assuntos internos de outros países. 4) Igualdade e benefício mútuos. 5) Coexistência pacífica entre nações com sistemas sociais diferentes. (Nota da Redação do Resistência)

Fonte: Agência Xinhua

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