África do Sul

África do Sul festeja Dia da Liberdade lutando por uma vida melhor

27/04/2016
Jacob Zuma, presidente da África do Sul

O presidente sul-africano, Jacob Zuma, afirmou nesta quarta-feira (27) que as políticas implementadas desde 1994 foram projetadas para alcançar uma vida melhor para todos, especialmente os pobres e a classe trabalhadora.

Perante milhares de pessoas reunidas no estádio da cidade de Giyani na província de Limpopo (norte), Zuma pronunciou o discurso pela passagem do Dia da Liberdade, no transcurso do 22º aniversário da democracia no país.

O presidente sublinhou que neste tempo “continuou-se trabalhando para melhorar as condições de vida das pessoas, para desfazer o legado de exclusão e abandono” em que vivia a maioria do povo durante o regime segregacionista.

O mandatário argumentou que muitas  comunidades e lares não tinham eletricidade, água, estradas, nem clínicas para prestar assistência médica de qualidade, e desde 1994 o governo democrático investiu para proporcionar tais serviços.

Contudo, Zuma admitiu que embora haja avanços, “muitos cidadãos seguem esperando, pois a acumulação resultante da exclusão do apartheid é extensa”.

Nesse sentido, reiterou o compromisso de não descansar “até que todos os lares em nosso país vivam com dignidade e desfrutem dos serviços básicos”.

Zuma recordou que em 27 de abril de 1994 milhões de pessoas votaram “pela primeira vez nas eleições democráticas livres e justas” e esse dia marcou “não só o final da tirania do apartheid, mas também simboliza o triunfo do bem sobre o mal”. E rememorou homens e mulheres que participaram na luta pela libertação.

Em particular – disse –  “rendemos homenagem a nossos heróis”, àqueles que morreram no mês de abril, como o ex-presidente do Congresso Nacional Africano (CNA) Oliver Tambo (24 de abril de 1993); Chris Hani (10 de abril de 1993) e Solomon Mahlangu (6 abril de 1979).

O presidente insistiu em que não se deve esquecer como milhões de pessoas sofreram imensa pobreza e privação por causa do racismo institucionalizado que fazia com que os negros fossem alheados em sua própria terra e os privava de qualquer direito.

Acrescentou que o apartheid foi um sistema doloroso e cruel, descrito corretamente pelas Nações Unidas como um crime contra a humanidade.

E sublinhou que a vitória de 1994 se deveu à abnegada luta e à solidariedade dos povos amantes da liberdade, que puseram fim a séculos de repressão.

O presidente Zuma enfatizou que há 22 anos, sob a direção do presidente Nelson Mandela, “começamos a construção de uma África do Sul unida, democrática, não racial, não sexista e próspera”.

Por isso, é um fato que o país seja um lugar muito melhor para viver do que era antes de 1994, concluiu.

Prensa Latina

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