Bases militares

Bases militares dos Estados Unidos na Colômbia se voltam para a Venezuela

12/05/2016

As bases militares estadunidenses de Larandia, Três Esquinas, Arauca, Puerto Leguízamo, Letícia e Florência, localizadas na Colômbia, trabalham na conformação de um “arco estratégico” voltado para uma potencial intervenção na Venezuela, afirma o semanário Voz, em sua edição desta quarta-feira (11).

O jornal assinala que o objetivo seria intervir militarmente na Venezuela, derrocar o presidente Nicolás Maduro e frustrar a Revolução Bolivariana e as mudanças sociais que ela materializa.

O jornal acrescenta que o anel militar seria integrado também por tropas de assalto norte-americanas acantonadas nas bases de “controle e monitoramento” de Rainha Sofia, de Aruba, e Hato Rey, de Curaçau, e o centro de operações seria situado na base de Palmerola, em Honduras, a maior instalação estrangeira dessa natureza no território latino-americano.

O semanário acrescenta que a denúncia nesse sentido foi feita no domingo passado pela agência Anncol, a qual assegurou que o plano operativo de intervenção contra a Venezuela está contido em um extenso documento do Comando Sul dos Estados Unidos, denominado “Operação Venezuela Freedom-2”, assinado por seu comandante, o almirante Kurt Tidd.

Informa que esse texto do Comando Sul contém 12 tarefas táticas e estratégicas orientadas a buscar as condições políticas, econômicas e militares para executar a “Carta Democrática” da OEA e legitimar desta maneira a intervenção militar norte-americana na nação vizinha.

O jornal Voz comenta que esse propósito intervencionista coincide no tempo com as gestões do atual secretário geral da OEA, Luís Almagro, quanto ao seu apoio aos planos da oposição golpista da direita venezuelana.

Recorda igualmente que o anterior chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, em declarações ao canal de TV CNN em outubro de 2015, reconheceu que Washington está disposto a intervir no país bolivariano caso a OEA ou a ONU o solicitem.

Disso decorrem as duras reações do presidente Nicolás Maduro, que não vacilou em qualificar tal despropósito como um grosseiro plano intervencionista, afirma o órgão oficial do Partido Comunista da Colômbia.

Voz cita o documento “Operação Venezuela Freedom-2” no sentido de que “Se bem que na situação militar não possamos atuar agora abertamente, com as forças especiais aqui presentes, há que concretizar o anteriormente planificado para a fase dois da operação tenaz”.

Em seu extenso artigo, a publicação considerou curioso que nos momentos em que se conhece este plano contra Caracas, apoiado por suas bases no território colombiano, o ministro da Defesa, Luís Carlos Villegas, tenha sido recebido no Pentágono pelo subsecretario da Defesa, Robert Work, que lhe ratificou o respaldo à nova fase do Plano Colômbia.

Prensa Latina

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