Segundo Turno

Colômbia vai às urnas neste domingo em decisiva batalha eleitoral

17/06/2018

Mais de 36 milhões de colombianos estão convocados neste domingo (17) a decidir entre dois modelos divergentes de país: um apegado aos privilégios de uma oligarquia rançosa e outro que aspira à paz e à justiça social.

O primeiro é representado por Ivan Duque, candidato do Centro Democrático, partido da ultradireita, fundado e liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010).

Representando o movimiento Colômbia Humana, dos historicamente marginalizados e desprotegidos e das forças progressistas do país, o rival de Duque nas urnas é o ex-prefeito de Bogotá, Gustavo Petro.

Nunca a centro-esquerda na Colômbia esteve tão próxima do poder, o que tem sido identificado como uma oportunidade única para romper o ciclo de clientelismo, corrupção, violência e violação dos direitos humanos das últimas décadas.

O programa de Petro promove a paz e a reconciliação nacional, o respeito pelos direitos humanos, a luta contra a corrupção, o cuidado com o meio ambiente, a saúde e a educação como direitos universais e sobretudo o combate à desigualdade.

Para reconhecidos setores intelectuais dentro e fora da Colômbia, a candidatura de Duque ‘representa um enorme risco em muitos sentidos’.

Um governo de Duque significaria o risco de que o controle de todos os ramos do poder público (o Executivo, o Legislativo e o Judiciário) caiam em mãos de um só grupo político: o Uribismo, opina a ex-candidata a vice-presidenta Claudia Lopez.

O Uribismo já controla o Legislativo. Se chega a ganhar a Presidência da República, controlaria dois dos três poderes, e já deu a conhecer que pretende transformar todo o Poder Judiciário em uma única corte que o governo nomearia, alertou Lopez.

Duque tem o apoio de toda a máquina dos partidos tradicionais. Ele conta com o apoio dos partidos Conservador, Mudança Radical, Liberal e Social da Unidade Nacional, além dos empresários e banqueiros. Todas as forças do establishment a seu favor.

Petro encarna a alternativa de uma grande força transformadora, comprometida com os direitos sociais, que muitas vezes ficou silenciada na Colômbia.

A eleição deste domingo é decisiva para o futuro da Colômbia.

Resistência, com Prensa Latina

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