América Latina

Encontro em Cuba exige fim do bloqueio e da sabotagem a governos progressistas

02/05/2016

Representantes de 209 sindicatos, instituições e movimentos sociais de 34 países, exigiram nesta segunda-feira (2) o fim do bloqueio econômico dos Estados Unidos contra Cuba e da sabotagem política aos governos e movimentos progressistas latino-americanos.

Reunidos no Palácio das Convenções de Havana, cerca de mil e seiscentos ativistas, que compartilharam, no domingo, com o povo cubano, os festejos pelo Dia Internacional dos Trabalhadores, consideraram que a política de hostilidade econômica, comercial e financeira de Washington em relação à maior das Antilhas ainda persiste. 

Esse bloqueio, iniciado há mais de meio século, ainda não desapareceu e continua a ser aplicado com rigor, afirmou a presidenta do Instituto Cubano de Amizade com os Povos, Kenia Serrano, na plenária do Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba, a América Latina e o Caribe.

Em sua intervenção, Serrano explicou aos participantes que muitos podem ter a falsa percepção de que essa hostil política, vestígio da Guerra Fria, tenha desaparecido por meio das medidas tomadas pela administração  do presidente estadunidense, Barack Obama, a partir do processo em direção à  normalização das relações empreendido por ambas as nações.

Entretanto, o certo é que, apesar das medidas, declarou, o bloqueio continua a ser aplicado com rigor.

A necessidade de finalizar essa disposição de privação, principal obstáculo para o desenvolvimento normal da ilha, também foi justificada e  demandada por todos os participantes do citado encontro, muitos dos quais integrantes do 11º Contingente da Brigada de Solidariedade Primeiro de Maio.

O grupo, integrado por representantes de nações de todos os continentes, exigiu também o fim do que denominaram sabotagens políticas e  econômicas da contraofensiva imperialista na região latino-americana, e estimularam para que seja enfrentada.

Principalmente, em defesa de governos progressistas democraticamente eleitos, como o da presidenta brasileira, Dilma Rousseff e do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que enfrentam ações desestabilizadoras e manobras políticas, com a finalidade de derrubá-los e  fazer retroceder as políticas e  conquistas sociais por eles impulsionadas.

Nesse sentido, o encontro acolheu um painel de intelectuais e  ativistas de países como a Argentina, o Brasil, Venezuela e  Honduras, que analisaram os casos de seus países, exemplos da luta pelo poder da direita capitalista e suas políticas neoliberais.

 

Prensa Latina; tradução de Maria Helena de Eugenio para Resistência

 

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