OEA

Equador põe em dúvida imparcialidade do Secretário Geral da OEA sobre a situação na Venezuela

01/06/2016

O representante do Equador na Organização dos Estados Americanos (OEA), Marco Albuja, reiterou nesta quarta-feira (1/6) que a invocação da Carta Interamericana por parte do Secretário Geral do organismo, o uruguaio Luis Almagro, e a convocatória a uma sessão urgente para analisar a situação institucional na Venezuela está fora de lugar.

“O governo do Equador expressa novamente sua preocupação e seu repúdio ante as recentes declarações do secretário geral da organização, que longe de permitir construir um diálogo e um consenso no continente, gera profundas divisões”, disse Albuja em referência a uma carta escrita por Almagro em que declara sua posição pessoal e profere duros epítetos contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Durante uma reunião do Conselho Permanente, o representante equatoriano declarou que os termos da carta foram sem precedentes na sua forma e conteúdo, com um tom distante da equanimidade e da contenção que se exige da representação de um organismo que é composto por Estados livres e soberanos.

“Com suas ações, a secretaria geral mostra que se encontra deslocada em relação aos acontecimentos no hemisfério, o que afeta sua imparcialidade e impacta negativamente nos problemas hemisféricos, sendo seus pronunciamentos fora de lugar, pois está tomando decisões por conta própria, de uma maneira sui generis, sem respeitar nenhuma norma mínima de fundo nem de forma”, disse.

O Governo do Equador enfatizou que todas as atitudes da Secretaria Geral da OEA e de seu Secretário “devem e têm” que ajustar-se ao regulamento acordado pelos Estados que compõem o organismo, realçou Albuja.

O país andino fez um chamamento ao secretário geral para que respeite de maneira irrestrita as normas de funcionamento de seu cargo.

“Meu país, meu governo, não estamos de acordo com os pronunciamentos realizados pelo secretário geral e cremos, como já foi dito por muitos Estados no dia de hoje, que a solução a qualquer problema da República Bolivariana da Venezuela deve ser alcançada pela via do diálogo e decidida pelos cidadãos e cidadãs venezuelanos”, sentenciou.

Fonte: Andes

Tradução da Redação do Resistência

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