Constituinte na Venezuela

Nicolás Maduro: O único caminho para a paz é o poder constituinte

08/05/2017

O presidente da República da Venezuela, Nicolás Maduro, indicou neste domingo (7) que o único caminho para a paz no país, que setores da direita pretendem minar, é o poder constituinte.

“Sonho com o dia em que o povo eleja por voto direto, secreto e universal, como vai eleger, sob a direção do Poder Eleitoral, os integrantes da Assembleia Nacional Constituinte. As comportas do grande diálogo serão abertas, abriremos os horizontes à convivência”, ressaltou Maduro em um contato telefônico durante a reunião da Comissão Presidencial para a Constituinte com trabalhadores da cuktura e intelectuais, realizada no Palácio de Miraflores .

Contudo, o chefe de Estado alertou que o país está enfrentando uma insurgência armada promovida pelos setores mais radicais da direita.

“Busquei todas as formas de diálogo, mas eles (a direita) não querem diálogo, eles são a violência. Depois que declararam uma insurgência, e foi como entendi, ativei todos os planos para a contenção constitucional desta insurgência, que se mascara através de supostas marchas pacíficas, mas sabemos que são realizadas para em seguida instalar a violência. Destruíram mais de mil casas comerciais”, enfatizou o mandatário.

O presidente disse que em face dessas ações terroristas convocou um processo constituinte, no uso de suas atribuições estipuladas nos artigos 347, 348 e 349 da Constituição da República, como o caminho para fortalecer a nação e garantir a convivência cidadã.

“Estou convocando uma democracia direta, que tenha voz e espírito da classe operária, do jovem, do comunitário, do missioneiro”, defendeu.

A Comissão Presidencial para a Ativação da Assembleia Nacional Constituinte realizou debates e diálogos com empresários, partidos políticos e movimentos do Grande Polo Patriótico, comunitários, mulheres, jovens, adultos, idosos, pessoas com deficiência e trabalhadores da cultura.

Foi convidada a essa instância a autodenominada Mesa da Unidade Democrática, que agrupa alguns partidos de oposição, instância que se negou a participar e insiste em convocar ações de rua que terminam em ações violentas de grupos de choque.

Redação de Resistência, com Agência Venezuelana de Notícias

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