América Latina

No Dia das Mães, violência persiste na Nicarágua

31/05/2018

A violência persiste na Nicarágua, apesar do chamado à paz e da disposição do governo para manter um diálogo nacional que devolva a estabilidade ao país, golpeado por grupos de vândalos da direita que pretendem semear o terror.

Ao menos cinco mortos, cerca de trinta feridos, e instituições públicas e uma emissora de rádio atacadas e incendiadas. Este foi o saldo de uma jornada sangrenta na quarta-feira (30), que se estendeu até a madrugada desta quinta-feira (31), no horário local.

Assim, o Dia das Mães, que nessa nação centroamericana é comemorado no dia 30 de maio, foi um dia sangrento. Já são mais de 40 dias de violência e ódio promovidos pela ultradireita.

A Nicarágua pertence a todos nós, disse o presidente da República, Daniel Ortega, durante um ato político de massas que contou com a presença de milhares de cidadãos para apoiar seu governo e a revolução sandinista. O ato teve lugar na avenida que leva os nomes de Bolívar a Chávez. Ortega assegurou aos presentes que a Nicarágua não é propriedade privada de ninguém.

O mandatário sublinhou também que as veias de seu país são todos os nicaraguenses, independentemente do pensamento político, religioso e ideológico que professem.

O chefe de Estado lamentou a dor que a nação está sofrendo, devido à onda de violência desencadeada em 18 de abril último, quando protestos contra uma reforma da previdência proposta pelo governo e já revogada se transformaram em enfrentamentos e atos de vandalismo, com um saldo de mais de 80 mortos.

‘Nosso maior compromisso, nossa obrigação é lutar e defender a paz que temos que recuperar. O desafio é permitir que caminhemos para a paz’, enfatizou Ortega durante o ato, no qual se fez uma homenagem às mães.

Queremos uma paz com justiça, saúde, educação para os pobres, os povos, com direito ao trabalho, segurança para as famílias, disse.

De acordo com Ortega, a luta que hoje fazem o governo e o povo nicaraguense pela tranquilidade é um compromisso com as mães dos jovens mortos em conflitos armados anteriores, e com as que perderam seus filhos nos recentes atos de violência.

Simultaneamente, em outro ponto da cidade se realizava uma marcha, também numerosa, daqueles que se autodenominam ‘autoconvocados’ e o chamado movimento Mães de Abril, ambos contrários ao governo.

O principal objetivo desses grupos é provocar a derrubada do governo de reconciliação e unidade nacional, com o apoio de uma intensa campanha midiática voltada para deslegitimar o governo mediante a manipulação e a mentira.

Mais uma vez, a marcha desses grupos trerminou com atos violentos e sangrentos, que se estenderam a outras cidades do país.

Resistência, com Prensa Latina

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