Cuba

Raúl Castro diz em discurso que o povo heroico de Cuba soube resistir e vencer

02/01/2019

O primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba, Raúl Castro, pronunciou o discurso oficial no ato político central comemorativo do 60º aniversário da Revolução cubana, transcorrido em 1º de Janeiro. O ato foi realizado na cidade de Santiago, no Oriente da Ilha.

“Reunimo-nos hoje para celebrar o 60º aniversário do triunfo revolucionário de Primeiro de Janeiro, e o fazemos novamente em Santiago de Cuba, berço da Revolução, aqui no cemitério de Santa Ifigênia, onde são venerados os restos imortais de muitos dos melhores filhos da nação, muito perto das tumbas do Herói Nacional, do Pai e da Mãe da Pátria e do Comandante em Chefe da Revolução Cubana” – disse o General de Exército Raúl Castro.

“Não venho aqui falar a título pessoal, mas em nome dos heroicos sacrifícios de nosso povo e dos milhares de combatentes que ofereceram sua vida ao londo de mais de 150 anos de luta”, prosseguiu.

Referindo-se mais adiante aos episódios de janeiro de 1959, Raúl Castro disse:

“Já em 8 de janeiro de 1959, ao chegar a Havana, o Chefe da Revolução expressava: ‘A tirania foi derrocada, a alegria é imensa e contudo ainda há muito por fazer. Não nos enganamos crendo que daqui para a frente tudo será fácil, quiçá tudo seja mais difícil’ “.

O primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba acentuou que a “nascente Revolução se viu submetida a todo tipo de agressões e ameaças, como a ação de bandos armados e financiados pelo governo norte-americano, os planos de atentado contra Fidel e outros dirigentes, o assassinato de jovens alfabetizadores, muitos dos quais ainda adolescentes”. Raúl Castro referiu-se também “à sabotagem e ao terrorismo em todo o país, com o terrível saldo de 3.478 mortos e 2.099 incapacitados”. Destacou o “bloqueio econômico, comercial e financeiro e outras ações políticas e diplomáticas com a finalidade de isolar-nos; as campanhas de mentiras para denegrir a Revolução e seus líderes; a invasão mercenária em Playa Girón em abril de 1961; a Crise de Outubro em 1962 quando nos Estados Unidos se preparava a invasão militar de Cuba e uma interminável lista de fatos hostis contra nossa pátria”.

“Ninguém pode negar que a Revolução que nascia naquele Primeiro de Janeiro não teve, ao longo de 60 anos, um minuto de sossego, já vivemos 12 administrações norte-americanas que não desistiram do empenho para forçar uma mudança de regime em Cuba utilizando uma ou outra via, com maior ou menor agressividade”.

O líder cubano comemorou as conquistas da Revolução, atribuídas às grandes virtudes do povo: “O povo heroico de ontem e de hoje, orgulhoso de sua história e cultura nacionais, comprometido com os ideais e com a obra da Revolução, que já totaliza quatro gerações de cubanos, soube resistir e vencer nas seis décadas de ininterrupta luta em defesa do socialismo, sempre baseado na mais estreita unidade em torno do Partido e de Fidel”.

Raúl Castro reiterou que Cuba segue disposta a manter uma relação de paz e respeito com os Estados Unidos, apesar das diferenças.

Temos disposição para conviver civilizadamente em uma relação de paz, respeito e beneficio mútuo, assinalou o dirigente.

Raúl Castro foi preciso ao afirmar que o país está preparado para resistir em um cenário de confrontação, que não deseja, com os Estados Unidos e denunciou que em Washington algumas autoridades parecem apostar no clima de hostilidade.

“Esperamos que as mentes mais equilibradas no governo norte-americano possam evitar isso”, disse.

O dirigente recordou o recrudescimento do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos à Ilha durante quase seis décadas.

Resistência, com Granma

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