Geopolítica

Rússia e China apresentam proposta de resolução antiterrorista na ONU

13/04/2016

A Rússia e a China apresentaram nesta quarta-feira (13) no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), um projeto de resolução para fortalecer a luta contra o terrorismo, em particular evitar o emprego de armas químicas pelos extremistas.

Em declarações à imprensa, o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, pediu apoio amou à iniciativa no Conselho de Segurança por parte de todos os membros. O Conselho durante este mês está presidido pela China. A proposta foi feita devido aos  preocupantes informes sobre o emprego desses artefatos pelos terroristas na Síria e no Iraque.

De acordo com o diplomata, recentes informes refletem o uso de armas químicas em Deir Ezzor e Alepo, duas das regiões onde o chamado Estado Islâmico (EI) é muito ativo.

“Inclusive admitiram o emprego dessas armas ou a preparação delas”, advertiu.

Churkin recordou que a resolução 2118 de 2013 estabeleceu a eliminação das armas químicas na Síria, o que o governo de Bashar al-Assad cumpriu.

Segundo o embaixador, a proposta da Rússia e da China busca preencher as lacunas existentes no tema, e convoca os países, em particular os vizinhos da Síria e do Iraque, a informar qualquer suspeita ou indício do emprego, fabricação e transporte de armas químicas pelos terroristas.

Também pretende fortalecer o mecanismo de vigilância da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), agregou.

Para Churkin, os passos propostos no projeto “podem  parecer elementares, mas são necessários”.

Já discutimos a iniciativa com alguns membros do Conselho de Segurança e esperamos que a mesma ajude a fortalecer o combate ao terrorismo, disse.

A proposta deve ser analisada pelos integrantes do Conselho, onde os Estados Unidos, a França e o Reino Unido, as potências ocidentais que compartilham cadeiras no Conselho de Segurança com a Rússia e a China, olham com lupa tudo o que vem de Moscou e Pequim.

Prensa Latina

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