Colômbia

Temos a opção de apoiar causas justas como a paz, diz Prêmio Nobel americana sobre Colômbia

02/05/2016

Ganhadora de um Prêmio Nobel (1997) , a estadunidense Jody Williams assegura que só é preciso decisão para tentar mudar o que nos incomoda hoje no mundo e apoiar causas justas como a busca da paz para a Colômbia.

Conhecida por sua campanha contra o uso de minas antipessoas, a ativista afirma que as conversações entre o governo colombiano e as insurgentes Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Farc-EP requerem tempo para delinear com precisão cada detalhe.

Depois de mais de 50 anos de conflito, muita gente quer uma paz “express”, mas conseguir pactos com pressa, com vazios, não garantirá sua sustentabilidade, insistiu Williams durante um diálogo da Feira Internacional do Livro de Bogotá, que termina nesta segunda-feira (2).

Depois de refletir sobre a complexidade das atuais conversações entre porta-vozes governamentais e das Farc, a defensora dos direitos humanos sublinhou que a paz se constrói um dia após outro, com a participação da cidadania na implementação dos acordos assinados pelas partes.

A paz não chegará apenas com a assinatura do tratado final, tem que ser um processo, um caminho, comentou no final de uma palestra para centenas de leitores no lançamento do seu livrio autobiográfico Mi nombre es Jody Williams.

O objetivo – acrescentou – é demonstrar com a história da minha vida que todos temos a opção de ajudar os demais e de defender o que consideramos valioso, não há mágica nisso, só trabalho de equipe e determinação.

Ao referir-se às tarefas da eliminação das minas na Colômbia, expressou que embora difícil, trata-se de um objetivo alcançável.

Iniciadas no ano passado de maneira experimental em Antióquia e Meta por efetivos militares e das Farc, tais missões envolverão em data próxima 44 municípios do país.

Esses artefatos já causaram 11 mil vítimas, entre mortos e feridos.

Durante sua palestra, a Prêmio Nobel da Paz de 1997 explicou que na Colômbia pôde reunir-se con mulheres ativistas, que apoiam os diálogos com a insurgência para acabar o conflito bélico de maneira pactuada.

Com Prensa Latina; tradução da redação de Resistência

Compartilhe:

Leia também