Resistência

O bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba viola o direito internacional e constitui o principal obstáculo para o desenvolvimento da nação caribenha, afirmaram os participantes do colóquio Cuba hoje: desafios e perspectivas, realizado na França, nesta terça-feira (28).

O embaixador de Havana em Paris, Héctor Igarza, assegurou que apesar do restabelecimento das relações diplomáticas com Washington, o governo estadunidense continua aplicando este cerco econômico, comercial e financeiro, cujo alcance extraterritorial aumentou nos últimos anos.

Prova disso – acrescentou – é que desde 2009 foram aplicadas multas de um valor superior a 14 milhões de dólares a bancos e empresas estrangeiros que negociam com Cuba, em franca violação do direito internacional.

Por sua vez, o presidente do Conselho de orientação estratégica do Instituto de Altos Estudos da América Latina, Stéphane Witkowsky, disse que com mais de meio século de vigência, o bloqueio pode ser considerado o cerco mais longo da época moderna.

Também, afirmou que Washington sancionou diversos bancos franceses, apesar do fato de que os negócios tinham sido realizados no estrito cumprimento de normas internacionais.

O intelectual francês Salim Lamrani, organizador do colóquio realizado na Casa da América Latina, em Paris, estimou que para enfrentar o bloqueio seja preciso continuar uma batalha de caráter político.

Para o professor universitário e ensaísta, urge continuar denunciando a nível internacional a ilegalidade dessas leis, que na atualidade constituem os principais obstáculos ao desenvolvimento de Cuba.

Resistência, com Granma e Prensa Latina, tradução de Luci Nascimento