Geopolítica

Cúpula da Organização de Cooperação de Xangai faz avançar bloco regional estratégico

09/06/2018
Vista noturna de Qingdao, sede da cúpula, no oriente da China

Neste final de semana, realiza-se na China, na cidade de Qingdao (foto) a 18ª reunião de cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCS); mais confiança mútua, cooperação e ganhos de todos é o que se destaca no compromisso chinês para o evento

Quando assumiu a presidência rotativa da Organização de Cooperação de Xanghai (OCX) em junho do ano passado, a China prometeu “melhores esforços para cumprir a tarefa, trabalhando com outras partes para dar ao povo um maior sentido de ganho e abrir um futuro mais promissor para a organização”.

Presidida pelo líder chinês Xi Jinping, a cúpula da OCX instala-se com a expectativa de que seja um evento frutífero e um marco em seu desenvolvimento.

Os líderes vão emitir a Declaração de Qingdao e dar continuidade ao Espírito de Xanghai. Espera-se que mais de 10 acordos em diversas áreas de segurança, cooperação econômica e intercâmbios entre os povos sejam assinados.

A China, como membro fundador, compartilhou sua visão e sabedoria com outros membros. Xi participou das últimas cinco cúpulas da OCX em Bisqueque (Quirguistão), Duchambé (Tajiquistão), Ufa (Rússia), Tashkent (Uzbequistão) e Astana (Cazaquistão), e prestou um apoio consistente e forte ao desenvolvimento da OCX.

Durante o exercício da presidência rotativa na OCX, a China fortaleceu a confiança mútua, ampliou a cooperação e elevou a organização.

Um total de 160 atividades nos campos político, financeiro, comercial, de segurança, ambiental, agrícola e outros foram realizadas desde junho passado. Entre eles, fóruns para mulheres, partidos políticos, organizações de cultura e arte e cooperação hospitalar foram realizados pela primeira vez.

Com essas ações, a China mostra ao mundo que considera impulsionar o desenvolvimento da OCX uma das suas prioridades diplomáticas.

A China vê a OCX como uma plataforma para construir um novo tipo de relações internacionais, com características de respeito mútuo, justiça e cooperação de ganho recíproco, o que é forte contraste com a mentalidade de confronto e domínio da Guerra Fria.

O Espírito de Xanghai de confiança mútua, benefício recíproco, igualdade, consulta, respeito pelas mais diversas civilizações e busca pelo desenvolvimento comum é a base para uma próspera OCX.

A China defende uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade e propõe o princípio de consulta extensiva, contribuição conjunta e benefícios compartilhados. Essas visões diplomáticas ajudaram no desenvolvimento da OCX.

Em 2001, o volume comercial entre a China e os outros membros da OCX era de apenas US$ 12,1 bilhões. De 2013 a 2017, a China importou um valor surpreendente de US$ 340 bilhões de produtos de outros países membros. O investimento direto de empresas chinesas nessas nações totalizou US$ 15 bilhões.

Desde sua fundação há 17 anos, as agendas da OCX se expandiram para abranger segurança, cooperação econômica, intercâmbio pessoal e outras áreas. A entrada da Índia e do Paquistão no ano passado mostra o crescente valor estratégico e o apelo da OCX.

Para melhorar a coesão e a confiança mútua entre os antigos e novos membros, a China buscou o consenso, facilitou o diálogo e promoveu o desenvolvimento sólido e estável da OCX, que representa quase metade da população mundial e mais de 20% do PIB global.

A China trabalhará com os demais membros para tornar a cúpula de Qingdao um marco no desenvolvimento da OCX, além de lançar esse novo tipo de organização regional em uma nova era.

Resistência, com Diário do Povo

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