Irã

Irã promete ‘dura vingança’ por assassinato do general Soleimani

03/01/2020

O líder do Irã Ali Kamenei condenou o assassinato do general Qasem Soleimani pelos EUA no Iraque, anuncia três dias de luto nacional no país persa e promete vingança.

“Anos de luta sincera e corajosa nos campos de batalha contra os demônios e as pessoas más do mundo (…) levaram o querido Soleimani a essa posição sublime e fizeram com que seu sangue fosse derramado pelos seres humanos mais cruéis”, disse o Líder da Revolução Islâmica do Irã, aiatolá Ali Khamenei, em uma mensagem de condolências divulgada nesta sexta-feira após o martírio do destacado militar.

Os Estados Unidos mataram Soleimani, comandante das Forças da Revolução Islâmica, o Corpo da Guarda Revolucionária do Irã nesta sexta-feira (3), em um ataque com foguete Katiusha perto do terminal de carga do Aeroporto Internacional Muhamad Alaa em Bagdá, capital do Iraque. Como resultado, dois veículos das Unidades de Mobilização Popular do Iraque (Al-Hashad Al-Shabi, em árabe) foram incendiados.

O aiatolá Khamenei alertou os “criminosos” dos EUA de que uma “vingança dura” por parte do Irã os aguarda após o assassinato do notável general iraniano, que, enfatizou, reflete “a face internacional da Resistência”.

O líder iraniano, no entanto, alertou que o assassinato de Soleimani nunca vai parar seu caminho e seus “esforços ininterruptos” na luta contra o terrorismo.

Nesse sentido, ele prometeu que a Resistência continuará sua luta com uma “dupla motivação” e que alcançará a “vitória definitiva”.

O líder do Irã, da mesma maneira, declarou três dias de luto pelo martírio do destacado militar persa, ao qual concedeu em março último a mais alta condecoração militar do Irã.

O general Soleimani desempenhou um papel relevante nos pesados ​​combates no Iraque e na Síria contra grupos terroristas, muitos deles apoiados pelo regime de Israel, países ocidentais e certos regimes na região do Oriente Médio. Ele havia recebido várias ameaças de morte, em particular por parte do serviço de inteligência de Israel (o Mossad).

Soleimani foi reconhecido até por diferentes especialistas europeus e ocidentais. Vários analistas e observadores qualificaram o comandante iraniano como o general mais proeminente no Oriente Médio.

Por seu turno, o chanceler iraniano Mohamad Yavad Zarif disse que “o ato de terrorismo internacional dos Estados Unidos, de atacar e assassinar o general Soleimani, a figura mais eficaz na luta contra grupos terroristas como o chamado Estado Islâmico, a Frente Al-Nusra (autoproclamada Fath Al Front-Sham) e a Al-Qaeda, são extremamente perigosas e criam uma escalada estúpida”.

Por meio de uma mensagem divulgada nesta sexta-feira em sua conta na rede social do Twitter, o Ministro das Relações Exteriores do Irã disse que “os Estados Unidos são responsáveis ​​pelas consequências de sua aventura imprudente”.

O presidente do Irã, Hasan Rohani, diz que o martírio do general Soleimani aumenta a vontade da nação persa de resistir à agressão americana.

“O martírio de Soleimani tornará o Irã mais decisivo para resistir à expansão dos Estados Unidos e defender nossos valores islâmicos”.

Com informações do site iraniano HispanTV

Compartilhe: