Sionismo

Israel autoriza construção de 2500 casas ilegais na Cisjordânia

24/01/2017

Apesar dos assentamentos israelenses construídos em territórios ocupados palestinos violarem o Direito Internacional, o Governo de Netanyahu continua com suas pretensões expansionistas.

O Governo de Israel aprovou neste domingo (22) a construção de 556 casas ilegais na colônia situada na cidade ocupada de Al-Quds, Jerusalém leste.

A aprovação do projeto foi anunciada pelo presidente do Comitê de Pacificação israelense, Meir Tugman, que assegurou que o Governo de Benjamin Netanyahu havia ratificado a medida.

A medida é rejeitada pela população palestina na área ocupada da cidade porque a lei internacional considera “ilegais” todos os assentamentos israelenses construídos em territórios palestinos ocupados.

Segundo dados oficiais, mais de meio milhão de israelenses vivem agora em cerca de 120 assentamentos ilegais construídos desde a ocupação dos territórios palestinos em 1967 na Cisjordânia e Al-Quds.

Obama rechaçou recentemente, em em entrevista à cadeia de televisão israelense, os assentamentos ilegais de Israel. O então presidente dos EUA Barack Obama reiterou seu apoio à recente resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) contra assentamentos israelenses ilegais de Tel Aviv.

“Se a ideia é o apoio total a Israel, ou mais especificamente, o apoio às políticas do Governo de Benjamin Netanyahu, sem se importar com o que são, ou quão hostis podem ser para a perspectiva da paz, se isso significa ser um bom amigo, então creio que seremos testemunhas do agravamento da situação (na Palestina ocupada por Israel)”, disse na terça-feira (10), o então presidente dos Estados Unidos, poucos dias antes de encerrar seu último mandato.

“Os fatos que estamos vendo no território tornam quase impossível, ou pelo menos muito difícil – e se esta tendência continua, impossível – criar um Estado palestino funcional”, denunciou Obama.

Também, criticou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu por suas contradições, afirmando que ele “diz que crê na resolução dos dois Estados, mas suas ações demonstraram que se recebe pressão para aprovar a construção de mais assentamentos o aprova”, recriminou.

Em 23 de dezembro de 2016, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que exige o fim da construção de assentamentos israelenses nos territórios palestinos ocupados da Cisjordânia, depois que os Estados Unidos não exerceu o seu poder de veto, como o fez em 2011.

No entanto, o novo presidente estadunidense, o republicano Donald Trump, que assumiu o cargo no dia 20 deste mês, criticou a decisão e disse que no seu mandato as coisas serão diferentes.

Neste sentido, Tugman disse que a aprovação da nova construção das 506 casas estava a espera da posse do presidente dos EUA, agora, Donald Trump.

Segundo o jornal israelense Haaretz, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, aprovaram na terça-feira (24) a construção e planejamento de 2.500 novas unidades habitacionais na Cisjordânia (território palestino) e que desde a vitória republicana nas eleições estadunidenses, há uma aceleração nos planos e projetos de construção em território palestino.

Resistência, com Telesur e Hararetz, tradução e edição de Luci Nascimento

Compartilhe: