América Latina

Respaldo a Lula, Cuba e Venezuela marcam Cúpula dos Povos no Peru

11/04/2018

Efusivas expressões de solidariedade a Cuba e à Venezuela, o pedido de liberdade para o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e genuína unidade latino-americana, marcaram nesta quarta-feira (11) o início da Cúpula dos Povos, no Peru.

Por Ulises Canales López, enviado especial da Prensa Latina

Um comício realizado na sede da Derrama Magisterial, (entidade de classe) de Lima, reuniu delegados de movimentos sociais e populares, partidos políticos progressistas, estudantes, jovens, mulheres e outros setores comprometidos com as causas a favor do que chamamos Pátria Grande.

“Não, não sentimos vontade de ser uma colônia dos EUA, e sim queremos ser uma potência latino-americana”, cantavam os delegados venezuelanos ao entrarem no auditório, hasteando suas bandeiras e gritando as palavras de ordem “Cuba e Venezuela, uma única bandeira!”.

A secretária-geral do Partido Comunista do Peru, Patria Roja, Flor María González, informou sobre as resoluções adotadas pelos dirigentes de partidos comunistas latino-americanos reunidos na última terça-feira (10) em Lima, para reafirmarem seus princípios marxistas-leninistas.

Reafirmamos a vontade de construir a Pátria Grande, mais justa e humana, asseverou González, afirmando que “sim, é possível construir o socialismo e fortalecer a vocação internacionalista”, enquanto prestava solidariedade a Nícolas Maduro e ao povo venezuelano.

A dirigente comunista deixou clara a ‘‘solidariedade permanente e combativa’, exigindo o fim do bloqueio dos EUA contra Cuba, ocasião na qual declarou que “todos nós somos Fidel (Castro)”. Naquele momento, os delegados cubanos gritavam em uníssono: “Eu sou Fidel!”.

González solicitou o apoio ao povo brasileiro e ressaltou que os comunistas exigem a libertação de Lula da Silva, injustamente preso na semana passada. Os presentes gritavam: “Liberdade para Lula! Não podem matar-te, companheiro, se ouve, se sente, Lula está presente!”.

Outros oradores na cúpula alternativa demandaram esforços e vontade para avançar a luta pela integração e a unidade latino-americana, de forma a combater o poder hegemônico e os planos históricos de subjugação dos EUA.

“A América Latina não os deseja aqui e assim eles fizeram muito bem ao decidir não vir para o Peru”, sentenciou a líder do Partido Comunista referindo-se ao cancelamento da visita àquela capital pelo presidente estadunidense Donald Trump.

Por sua parte, o secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores do Peru, Geronimo Lopez, reiterou o apelo para mobilizar e marchar, nos dias 12 e 14 de abril, contra as políticas dos EUA, pelos direitos sociais e contra os planos desestabilizadores da direita regional.

Os trovadores cubanos Eduardo Sosa, Pepe Ordaz e Adrian Berazaín, acompanhados dos repentistas Hector Gutierrez e Aramis Padilla, e uma rapper venezuelana, fizeram a apresentação cultural para uma cúpula que segue até o dia 14, justo quando termina a reunião hemisférica dos chefes de Estado e Governo.

Fonte: Prensa Latina, Tradução de Maria Helena De Eugênio

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