América Latina

Delcy Rodríguez denuncia o silêncio internacional diante da repressão na Argentina

20/12/2017
Foto: Jose Luis Díaz - Arquivo, AVN

A presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela (ANC), Delcy Rodríguez, denunciou nesta terça-feira (19) o silêncio de organismos internacionais, tais como o Mercado Comum do Sul (Mercosul), da Organização dos Estados Americanos (OEA), dos Estados Unidos e da União União Europeia, ante a repressão da qual o povo argentino foi vítima pelas forças de segurança do governo de Mauricio Macri.

“E MERCOSUL, OEA, os Estados Unidos, a União Europeia terão algo a dizer contra a violação mais grave dos direitos humanos ordenados por @mauriciomacri? Eu não escuto”, twittou Rodriguez.

A repressão das forças de segurança na segunda-feira contra os manifestantes que se opõem à reforma das pensões promovida por Macri deixou centenas de feridos e 60 presos, inclusive trabalhadores da imprensa.

A reforma das pensões aprovada na segunda-feira na Câmara dos Deputados do Congresso argentino, com 128 votos a favor contra 116 e duas abstenções, visa aumentar a idade de aposentadoria para 70 anos para as pessoas que trabalham no setor privado.

O projeto também propõe uma alteração na fórmula para aumentar as pensões, que seria atualizado trimestralmente de acordo com a inflação com significativa perda para os pensionistas. Por exemplo, pelo atual sistema o aumento seria de 12% em março, e com a reforma de Macri será de apenas 5,6%.

Com esta decisão, o Governo da Argentina corta cerca de cem bilhões de pesos para as pensões de viúvas e aposentados, apesar da oposição dos argentinos a essa tributação que foi classificada como uma violação dos direitos humanos.

Na segunda-feira, o vice-presidente de Assuntos Internacionais do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Adán Chávez, condenou as ações das forças policiais do governo de Maurício Macri contra os manifestantes.

“O povo dessa nação irmã levanta sua voz, como prova de seu compromisso de continuar a gesta iniciada pelos nossos pais libertadores, e em defesa das conquistas sociais que tanto nos custou e que foram tornadas possível pelos processos de transformação política e social de Nossa América “, disse Chávez pelo PSUV em um comunicado de imprensa.

Fonte: Agência Venezuelana de Notícias, tradução da Redação do Resistência

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