Anti-imperialismo

Cuba adverte para o ataque do imperialismo e da oligarquia contra a América Latina

04/12/2019

O Governo cubano, por meio de sua Chancelaria, emitiu nesta terça-feira (3) nota oficial advertindo que os acontecimentos confirmam que o governo dos Estados Unidos e as oligarquias reacionárias são os principais responsáveis ​​pela perigosa convulsão e instabilidade política e social da América Latina e do Caribe.

“O presidente Donald Trump proclama a validade da Doutrina Monroe e apela ao Macartismo para preservar o domínio imperialista sobre os recursos naturais da região, impedir o exercício da soberania nacional e as aspirações à integração e cooperação regionais”, diz o documento do Ministério das Felações Exteriores da República de Cuba.

Segundo o governo cubano, a região é alvo da ofensiva estadunidense que se inscreve na estratégia de “tentar restabelecer sua hegemonia unipolar em escala global e hemisférica; eliminar modelos progressistas, revolucionários e alternativos ao capitalismo selvagem; reverter as conquistas políticas e sociais e impor modelos neoliberais, independentemente do Direito Internacional, das regras do jogo da democracia representativa, do meio ambiente ou do bem-estar dos povos”.

A Chancelaria cubana rechaça a acusação do secretário de Estado Mike Pompeo de que Cuba e Venezuela estão fomentando e aumentando a turbulência nos países da região. [Pompeo] “Deturpa e manipula a realidade e oculta, como elemento central da instabilidade regional, a intervenção permanente dos Estados Unidos na América Latina e no Caribe”, diz a nota.

Na opinião do governo cubano, “os protestos legítimos e as massivas mobilizações populares registradas no continente, particularmente no Estado Plurinacional da Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Brasil, são causadas pela pobreza e pela crescente desigualdade na distribuição da riqueza; a certeza de que as fórmulas neoliberais agravam a insustentável vulnerabilidade social; a ausência ou precariedade dos serviços de saúde, educação e previdência social; os abusos contra a dignidade humana; restrição ao emprego e direitos trabalhistas; a privatização, o custo e o cancelamento de serviços públicos e o aumento da insegurança cidadã”.

O governo cubano assegura que o país “continuará trabalhando no caminho da integração de Nossa América, que inclui a realização de todos os esforços para que a Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (Celac), continue promovendo os interesses comuns de nossas nações, fortalecendo Unidade dentro da diversidade”.

O documento termina reafirmando o compromisso de Cuba a manter a “resistência inabalável de seu povo, juntamente com a vontade de defender a unidade da nação, suas conquistas sociais, sua soberania e independência e o socialismo ao preço que for necessário”.

Leia a íntegra no Granma

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