Palestina

Cuba critica inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas acerca da Palestina

13/07/2016

Cuba criticou, nesta terça-feira (12), no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a falta de ação desse órgão perante os atropelos de Israel contra a Palestina, apesar do apoio mundial à causa desse povo árabe ocupado, informou a Prensa Latina.

Em um debate acerca da situação no Oriente Médio, a representante permanente da Ilha, Ana Silvia Rodríguez, rejeitou que o Conselho não tenha podido adotar resolução alguma com a exigência a Israel de pôr fim a suas políticas agressivas e práticas colonizadoras.

“A falta de ação do Conselho perante tais atos resulta alarmante. É inaceitável que o Conselho de Segurança continue sendo o refém do veto ou a ameaça do mesmo por parte dos Estados Unidos, para impedir que este órgão cumpra seu mandato e proteja os direitos inalienáveis do povo palestino”, afirmou.

A embaixadora reiterou o apelo de Cuba para que o organismo internacional cumpra a responsabilidade outorgada pela Carta da ONU na manutenção da paz e segurança internacionais, e adote as decisões precisas para exigir à nação de Israel o cessar imediato da ocupação da Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental e do bloqueio à Faixa de Gaza.

Em sua intervenção, a diplomata saudou os esforços regionais e internacionais que se realizam para reiniciar as conversações de paz entre israelenses e palestinos, como a iniciativa francesa para uma conferência multilateral e a promovida por países árabes.

O órgão de 15 membros, presidido em julho pelo Japão, teve como centro do debate aberto o recente relatório das quatro nações para o Oriente Médio, mecanismo integrado pelos Estados Unidos, Rússia, a União Europeia e as Nações Unidas.

Em seu informe em 1º de julho, o grupo criado em 2012 definiu o que considera as principais barreiras para a paz e emitiu recomendações para os palestinos e os israelenses para conseguir a reclamada solução de ambos os Estados.

A esse respeito, Cuba assinalou no Conselho de Segurança que toma nota do relatório, mas lamenta “as tentativas de equilibrar as responsabilidades entre o povo submetido à ocupação e a potência ocupante”.

Nesta mesma sessão acerca da situação que atravessa o Oriente Médio, ao referir-se à Síria, Cuba advertiu que a paz nesse país árabe somente será possível através do respeito ao direito de seu povo à autodeterminação.

De acordo com a embaixadora, a Ilha apoia as aspirações do povo da nação palestina a viver em paz e eleger seu destino, sem ingerências estrangeiras.

A Síria vive desde março de 2011 um conflito, derivado da mudança de regime que o Ocidente e seus aliados regionais tentam impor em Damasco, crise à qual a ONU atribui mais de 250 mil mortos e 11 milhões de imigrantes internos e refugiados.

Fonte: Granma

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