Venezuela

Venezuela denuncia armação na ONU sobre direitos humanos

11/09/2018

A Venezuela denunciou e exigiu nesta segunda-feira (10), na 39ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que cesse a agressão do governo dos Estados Unidos, da União Europeia e seus aliados contra o país.

“Nós solicitamos em nome do povo da Venezuela, em nome do presidente Nicolás Maduro que cesse a agressão à República Bolivariana da Venezuela, agressão política, agressão econômica, ameaça de uso da força militar, agressão midiática contra nosso país”, declarou o ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza (foto).

Em sua intervenção, o chanceler mencionou o informe que o especialista independente Alfred de Zayas fez na ONU, no qual assinala que na Venezuela não existe uma crise humanitária, mas uma crise econômica produto fundamentalmente das medidas coercitivas unilaterais das sanções, tanto dos Estados Unidos como da União Europeia.

O diplomata venezuelano destacou que existem setores interessados em usar o tema dos Direitos Humanos para intervir na Venezuela, “em tratar de semear a matriz da crise humanitária na Venezuela com o objetivo de promover uma intervenção multilateral, internacional na Venezuela, violando sua soberania”.

Arreaza destacou que o governo dos Estados Unidos não tem moral para punir ninguém e que as ações que aplicou contra a Venezuela são medidas unilaterais, coercitivas fora do marco internacional público “para forçar uma mudança de regime, inclusive com a ameaça da opção militar por parte do próprio presidente dos Estados Unidos, Donald Trump”.

O ministro venezuelano das Relações Exteriores assinalou que no informe Zayas destacou que os direitos humanos estão sendo transformados em uma arma contra os adversários, apesar de que constituem o legado de cada ser humano e jamais devem ser instrumentalizados como armas de satanização .

O chanceler recordou que o Conselho de Direitos Humanos da ONU reconheceu que as medidas unilaterais são contrárias ao direito internacional, à Carta das Nações Unidas e às normas e princípios que regulam as relações pacíficas entre os Estados.

Arreaza resaltou que a Venezuela ratifica uma vez mais seu compromisso com o sistema universal de direitos humanos. “Ratificamos nossos desejos de cooperação, tanto com o escritório da Alta Comissária para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, como nosso papel protagonista neste Conselho de Direitos Humanos”, apontou.

Por outro lado, alguns países das Américas, integrantes do chamado Grupo de Lima, estão trabalhando em uma resolução inédita do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas contra a Venezuela, disse o chanceler chileno, Roberto Ampuero, em Londres.

A medida começou a ser preparada quando o Grupo de Lima, integrado por dezenas de países americanos, entrou em acordo sobre reduzir suas relações diplomáticas com a Venezuela, depois das últimas eleições presidenciais em que o presidente Nicolás Maduro foi reeleito.

Resistência, com AVN

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